terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ata da Plenária Extraordinária dos Estudantes de História de 23/11/2009

1) Informes:
Marcha do imigrante dia 13/12;
Ato contra o aumento da tarifa de transporte público da cidade de São Paulo dia 26/11;
Escola Alberto Torres (próxima ao Instituto Butantã): O movimento foi procurado por um funcionário do instituto, para ajudarmos em um ato em frente à referida escola na quarta-feira (25/11) ao meio dia, uma vez que o governo do Estado pretende fechá-la sob alegações preconceituosas.

2) Pautas:

2.1) Ajuda financeira para a organização do ato contra o aumento da tarifa do dia 26/11, para que se possa comprar o rolo de papel adequado para a tiragem de panfletos.
Resolução: aprovado auxílio de R$300.

2.2) Eleições do CAHIS: o quórum das eleições ocorridas de 12 a 19/11 foi de cerca de 345 votos, faltando, portanto, aproximademente 100 votos para o quórum minimo estabelecido em congresso de 1/3 dos estudantes de gradução (442).

Resoluções:

A plenária extraordinária dos Estudantes de História de 23/11 confirmou a ilegitimidade das referidas eleições;
O próximo congresso dos Estudantes de História, previsto para o ano de 2010, será realizado na metade do mês de Maio;
Organização da Gestão: permanece a atual gestão até o congresso, junto à duas comissões: de calourada e de organização do congresso; Primeiras reuniões: Comissão organizadora do congresso (segunda-feira, 30/11 - 18 horas), Comissão de Calourada (quarta-feira, 02/12 - 18 horas);
O votos guardados na urna não serão apurados.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ata da Penária Extraordinária do Estudantes de História (13/11)

Pauta:
1- Rodas reitor.


1- Foi escolhido Rodas para reitor. Rodas havia ficado em segundo lugar na votação interna da USP, no entanto foi escolhido, através do mecanismo da lista tríplice, como Reitor pelo governador José Serra.


Organização de um ato no dia da posse do novo Reitor indicado (dia 26). O ato seria um enterramento simbólico do Rodas, do Serra e da democracia. O ato deverá ser organizado como um ato geral da USP e chamando todos movimentos sociais e entidades representativas dos estudantes de âmbito estadual e nacional. Pediremos ao CCA que não ocorra eleições do DCE dia 26.
Será formada uma comissão parra organizar o ato, a se reunir segunda-feira às 17h. A comissão será aberta. Ficam responsáveis pela realização da comissão: Carlos, Bruno, Vivian, Marquinhos, Luita, Renan, Luís, Eduardo, João e Danilo. Será realizada uma paralisação dia 26, tarde e noite.


Além disso a realização de um ato no dia 17, quando ocorrerá uma reunião do Conselho Universitário. O ato será organizado pelos estudantes de nosso curso convidando a todos os cursos possíveis.

Segunda feira será feita uma oficina para preparar o ato do dia 17, no entre-aulas. Terça-feira, concentração às 9h. As eleições do CAHIS começarão após 15h30.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Processo Eleitoral CAHIS 2010 - Cartas-Programa das Chapas

Já estão disponível através do link acima e também nos Xerox as cartas-programa das chapas que concorrem à Gestão de 2010 do CAHIS.
Procure conhecer cada uma das chapas e suas propostas através das cartas que podem ser copiadas sem custo em qualquer um dos Xerox e também conversando com os membros das chapas concorrentes.
Sua participação é fundamental!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Atividade com EJA (Ensino para Jovens e Adultos) - Quinta-feira(05/11)

Prezados (as),

Desde a greve do meio do ano, alguns estudantes de História da USP vêm se articulando com
estudantes do EJA no sentido de debater ensino, universidade, acesso, vestibular e
sociedade. O contato foi feito com escolas da Zona Sul de São Paulo: a escola Maria
Tereza Orti da Vila Gilda e o Ceu Casablanca do Jardim Casablanca.

Já está confirmada a ida dos estudantes da Vila Gilda (Ceu Casablanca a confirmar) para
USP nessa quinta (05/11). Caso cheguem a tempo, darão uma volta pela USP, passando
principalmente pelo instituto de química e pela FFLCH. Em torno das 20h30/21h ocorrerá
uma atividade de debate e bate-papo com eles no auditório de História, que deve durar até
por volta das 22h30.

Tal iniciativa tem como intuito que tudo o que vem sido discutido desde do começo do ano,
passando por todo o processo de mobilização e pela greve, transponha os muros da
Universidade e atinja os setores populares da sociedade. Ou seja, é uma medida de
extensão.

É fundamental a ampla presença dos estudantes de História nessa ocasião. Foi pedido ao
departamento que, nesse dia, os professores não circulem as listas de presença.

COMPAREÇAM! INLUSIVE QUEM ESTIVER DISPOSTO A PASSAR EM SALAS PARA CHAMAR OS ESTUDANTES
PARA A ATIVIDADE.

Atenciosamente,

CAHIS

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Revista do CAHIS - 3ª Edição

Segue o link com a 3ª Edição da Revista do CAHIS em PDF.
Um versão on-line para quem não achou pelo departamento a Revista Impressa!

Revistas de História?
Professores dão suas opiniões sobre revistas que recheiam as bancas de jornal com o tema de História. (Pág 02)

Populismo Cultural por Bruno Mahamad
“Nos últimos anos a cultura brasileira vem passando por processos de deterioração, mercantilização, e falta de assistência por parte de autoridades políticas. Não é justo dizer que nada foi feito em prol da cultura, mas incentivos fiscais têm se mostrado ineficazes e mal utilizados.” (Pág. 03)

Literatura
“Anônimos” por Fernando Fileno (Pág. 04)
“O Violeiro” por Eduardo Martins
“Outros Otários” por Caio Guilherme (Pág. 05)

Destruindo para manter a ordempor Danilo Chaves Nakamura
“Para analisarmos a greve de 2009, talvez seja necessário fugirmos das habituais avaliações – vitória ou derrota – uma vez que não podemos dizer que saímos vencedores já que todos os problemas que nos levaram à greve ainda estão colocados” (Pág. 06)

DECÁLOGO PARA ACADÊMICOS EMTEMPOS DE BÁRBÁRIE por Wanda von Dunajew (pseudônimo)
“1. Amar sua disciplina acima de todas as ou-tras. Razões sindicais dispensam explicações. Se você não entendeu esta, pule as próximas, mude de curso e não vá estudar História.” (Pág. 07)

Um abraço e boa leitura!

ATA DA PLENÁRIA ORDINÁRIA DOS ESTUDANTES DE HISTÓRIA - 08/10/09

INFORMES:

- A ata do CCA ocorrido no sábado será repassada para a lista do CAHIS.

- Dia 08/10 ocoreu uma plenária extraordinária do departamento de história para a escolha da banca para o concurso de medieval e discussão sobre o concurso de metodologia que será aberto.

PAUTAS E RESOLUÇÕES:

1) Aprovação de xerox na cota do CAHIS para divulgação da atividade de terça-feira (13/10) sobre a eleição para Reitor, com a participação de alunos e professores - 100 cópias para as filipetas e metade das cópias necessárias para o painel dos reitoráveis (a outra metade será do CEGE) - APROVADO

2) Doação em dinheiro para o EIV: um representante do EIV será convocado a participar da próxima reunião ordinária do CAHIS, para que se possa definir o valor da doação, visto que gastos de até R$300,00 podem ser deliberados em reunião.

3) Estrutura de poder e campanha por democracia: será formado um comitê da história e geografia por democracia na USP, com reunião marcada para terça-feira (13/10) às 16h, para definir o material de divulgação e quarta-feira (14/10) para definir as atividades. Os estudantes de história deliberaram a paralisação no dia 20/10, dia da elição para reitor, e participação do ato a ser definido pelo comitê por democracia, serão realizadas passagens em sala quarta-feira (14/10) no noturno e quinta-feira (15/10) no vespertino para divulgar a paralisação e o ato.

4) Atividade com alunos do EJA: o eixo do debate que deverá ocorrer no anfiteatro da história, com data a ser definida, será Universidade Pública e Acesso. A mesa será composta por um membro do CAHIS, um do DCE e um do grêmio da escola convidada, com uma intervenção inicial de 7 minutos para cada, seguida de debate. Solicitaremos ao departamento que as listas de presença não sejam passadas neste dia, no qual passaremos em sala para chamar os estudantes para a atividade. Faremos a divulgação da atividade também na pedagogia e na letras.

5) Eleição do CAHIS/2009: será formada uma comissão eleitoral com no mínimo 5 e no máximo 11 membros, sempre em número ímpar. O edital será divulgado dia 12/10 e a inscrição das chapas devem ocorrer até 30/10, com possibilidade de incluir mais membros nas chapas já inscritas até 04/11. A eleição ocorrerá nos dias 12, 13, 16, 17 e 18 de novembro com urna aberta na rampa das 13h até as 23h20.

Alguns itens do regimento que foram aprovados:
a) a carta programa deve conter 10 mil toques;
b) o n° de cópias que o CAHIS cederá para cada chapa dependerá da disponibilidade de cópias que ainda restam, dividido pelo n° de chapas inscritas;
c) pedir ao departamento duas meias paralisações em cada período no dia 11/11 para a realização de dois debates entre chapas nesse dia. Se não for possível, tentar um entre-aulas extendido (17h30 às 20h) para apenas um debate;
d) não será permitida a passagem em sala pelas chapas com intuito de fazer campanha eleitoral, as passagens serão realizadas pela comissão eleitoral com entrega do material de todas as chapas;
e) é proibido que alunos de outros departamentos interfiram na campanha visando o condicionamento do voto de qualquer estudante da história;
f) a apuração dos votos será feita pela comissão eleitoral em espaço público previamente estabelecido

*toda e qualquer correção é bem vinda

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Apresentação - 3ª Edição da Revista do CAHIS

Depois de muitos acontecimentos (greve, organização do ENEH, caixa com contenção de gastos, etc.) o CAHIS conseguiu lançar suas terceira edição da revista. Com perspectivas para uma quarta edição já para o final de novembro. Fizemos uma terceira edição recheada de textos novos e com participação de alunos de todos os anos, inclusive professores que deram suas opiniões sobre as revistas de História que circulam nas bancas para o público geral. Além disso abriu-se um espaço permanente na Revista para discutir a Universidade.
Aproveite para conferir a versão digital da Revista em PDF e também participar enviando
textos para a Revista através do e-mail cahis.usp.09@gmail.com.
Um abraço e boa leitura!
Conselho Editorial

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ata da reunião do cahis do dia 22 de setembro

1- Informes
2-EIV
3- campanha de doação de sangue
4- Reunião com a diretoria da FFLCH
5- Espaço aquário
6- campanha por democratização da estrutura de poder.


1- Informes

a) CCA- não atingiu o quorum, havia entre 10 e 12 CAs. Foi realizado um CCA encaminhativo, com pautas estrutura de poder e X Congresso. Será debatido o adiamento do X congresso, com uma data a ser realizado, no dia 3 de outubro, em novo CCA. APG, DCE e Sintusp lançaram a anti-campanha do Chico de Oliveira. O DCE levou o posicionamento de apoiar a campanha sem discussão em CCA ou assembléia. O CCA centralizou o DCE para retirar o nome da campanha até discussão do tema em fórum deliberativo legítimo. Será realizada uma consulta à comunidade quanto à reitoraveis. Ocorrerá uma reunião do Comitê Geral da Campanha por democracia esta quinta feira no DCE ocupado.
b) Assembléia geral ocorrerá dia 01\10 na geografia/história, às 18h
c) amanhã dia 23 ocorrerá debate no EJA sobre ensino à distância.
d)Começarão as discussões da Reforma Curricular, quarta de tarde e quinta, nos dia 30 de setembro e 1 de outubro. Serão discutidas as propostas em sala.

2- EIV - Estagio Interdisciplinar de Vivência.
O Estágio é realizado junto a movimentos sociais (MST). O Estagiário é enviado para passar uma semana junto à assentamento e acampamentos, no intuito de realizar formação política dos estagiários. Ocorrerá de 10 de janeiro a 3 de fevereiro. A seleção ocorre no final de ano, e levará 60 estagiários.
O CAHIS apóia a atividade e discutiremos a ajuda financeira ao EIV em plenária. Ocorrerá uma oficina terceira semana de outubro

3- Campanha de sangue.
A partir do dia 5 de outubro até 25.

4- Reunião com a diretoria.
Discutirá realização de debate com os reitoráveis perante toda universidade. Participaremos da reunião e indicamos sexta de tarde.

5-Espaço aquário
A questão das pixações devem ser debatidas segundo critério do significado das pixações em espaço publico e se tal atrapalham ou não a realização de atividades estudantis.
Discutiremos a questão no forum do espaço aquário e posteriormente em plenária da história.

6- Campanha de democratização da estrutura de poder da USP
Encaminharemos para plenária a discussão da criação de um comitê pela democratização da universidade nos marcos aprovados na história, além da retomada do grupo de discussão de projeto de universidade.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Filme "Brazil: A Report on Torture" e posterior comentário do Prof. Dr. Willson Barbosa


Olá!
Nesta terça-feira (22/09) haverá uma sessão especial de cinema com o filme "Brazil: A Report on Torture"
Documentário raro que retrata o "Grupo dos 70", presos políticos da ditadura militar brasileira que foram libertados, narram e demonstram detalhes da tortura e do horror que viveram nos porões do DOPS.
Um filme forte e impactante que resgata a memória de um período sombrio da História do Brasil (1971, 60 min)

Após a exibição do filme, haverá o comentário do Prof. Dr. Wilson dos Nascimento Barbosa, professor titular de História Contemporânea que estava no Chile quando o documentário foi produzido.

A sessão será no Anfiteatro da História às 18h!

Não percam!

Abraços!
****
Atualização 24/09/2009:
Confira o filme no link abaixo assim como o comentário do Diretor:
Abraços

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Nota do CAHIS ao CEGE sobre festa “Osama Bin Reggae”

16 de Setembro de 2009



O Centro Acadêmico de História da USP considera o Espaço Aquário única e exclusivamente submetido à gestão dos estudantes. Sendo assim, entende que eventuais desconfortos causados por ações de qualquer uma de suas partes perante as demais devem ser discutidos e solucionados internamente, de acordo com preceitos e dispositivos que assegurem o estatuto de autonomia estudantil.
Dessa forma, vem aqui expressar profundo desacordo com a gestão do CEGE “Espaço ao Avesso” e direcionar a esta veemente crítica. A referida gestão, ao que parece, no auge de suas “sensações”, soltou nesta segunda-feira, 15 de Setembro, uma nota de repúdio aos organizadores da festa “Osama Bin Reggae”, ocorrida na última sexta-feira, 12 de Setembro, na qual consta o apoio à ingerência dura e contundente das chefias do prédio sobre as conseqüências do referido acontecimento. Cabe destacar, neste ponto, a semelhança entre o conteúdo da nota divulgada pela atual gestão do CEGE e os argumentos utilizados ao longo da greve estudantil para justificar a presença da PM no Campus e outras formas de intervenção e punição a estudantes. Com a leitura desta nota em questão na Comissão de Espaço e Qualidade de Vida, fica sinalizado não só o apoio a intervenções por parte de instâncias “superiores” como um pedido/apelo público no mesmo sentido, o que abre um precedente, no mínimo, lastimável. Curiosamente, a nota da atual gestão do CEGE pareceu mais preocupada do que os próprios chefes dos departamentos de História e Geografia em punir os responsáveis pela festa.
A despeito de possíveis falhas de comunicação e divulgação, era de amplo conhecimento que a Rádio Várzea fazia parte do corpo organizador do evento. Em nome da boa relação com a mesma, fica registrada a confiança de que as devidas responsabilidades quanto ao Espaço Aquário (a serem avaliadas e definidas pelo conjunto dos estudantes) serão acatadas e assumidas, assim como é de consciência do CAHIS que já foram assumidas as responsabilidades relativas aos danos causados no espaço externo. É absolutamente desnecessário, portanto, que pensemos em investigações e averiguações minuciosas dos fatos.
O CAHIS reconhece que o ocorrido de sexta-feira pode vir a gerar acalorados debates, mas reitera que esses devem estar circunscritos pela esfera estudantil. Medidas unilaterais que extravasem tal esfera são e devem ser invariavelmente desaprovadas.



Sem mais,

CAHIS - USP

Reunião do Cahis, dia 15 de setembro

1- Informes
2-campanha de doação de sangue do CAHIS
3- curso claudete
4- CCA
5- Espaço

1-
a) Ocorreu a reunião de espaço e qualidade de vida hoje, convocada em cima da hora e sem divulgação das pautas. Foram discutidas as pichações realizadas dentro e fora do aquário durante o Osama, assim como a danificação do vidro da editora edusp e riscos no banheiro masculino. A discussão passou pelo argumento de que a festa não foi autorizada pela diretoria. Os estudantes presentes se comprometeram à pagar pela danificação do vidro da edusp e a pintura das paredes pichadas fora do aquário.
b) foi realizada reunião com os alunos do EJA, com pauta em ensino a distância, e os alunos presentes compreenderam os problemas que representam o ensino a distância. Quarta-feira que vem será realizada reunião junto com professor Chico de Oliveira.
c) comissão de cultura e comunicação organiza uma cessão de cinema semana que vem, dia 22 sobre um documentário que trata da tortura no Brasil, apresentado pelo Wilson.


2- Campanha de doação de sangue

O Cahis realizará uma campanha de doação de sangue entre os dias 21 de setembro ao dia 10 de outubro.
Leo ficará responsável de realizar o cadastro.

3- Curso da Claudete
O curso e a avaliação da Claudete apresentou problemas no semestre passado. Realizaremos um abaixo assinado em conjunto com a Geografia, pedindo pela aposentadoria compulsória da Claudete, que contabiliza presença de forma arbitrária, que avalia os alunos sem critério nenhum e que realiza um curso que apresenta informações erradas, afirmações preconceituosas e sem qualidade nenhuma. Marcaremos ainda uma reunião para debater o caso específico do ultimo curso de geografia ministrado.
A Helena ficará responsável por entrar em contato com a Geografia.
Além disso levaremos para plenária conjunta com a geografia a questão da matéria de Geografia para História e de História para Geografia.
4- CCA

O cahis apresentará a defesa do adiamento do X Congresso, mas que a data seja debatida no próximo CCA ou em uma assembléia geral.

5- Espaço
a) O Cahis produzirá uma nota de repúdio a defesa realizada pela gestão do CEGE da ingerência do departamento e ao desrespeito da mesmo quanto ao fórum de debate do espaço aquário. Os organizadores do evento já se responsabilizaram pelos danos causados. - A carta será escrita com o Ramone
b)levaremos para 5ª feira a possibilidade dos estudantes de história assumirem politicamente a responsabilidade do ocorrido em conjunto com os organizadores.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Chamada de Artigos 3ª Edição da Revista do CAHIS

Olá, pessoal! Tudo bem?

Pois bem, apesar de todos os pepinos, haverá uma terceira edição da Revista do CAHIS.
Já houve uma pré-chamada logo antes de começar a greve, mas infelizmente os textos enviados para tal edição foram perdidos.
Agora segue essa chamada para artigos da Terceira Edição da Revista.

O tema central é a Greve: relatos, opiniões e perspectivas, no entanto, seguindo as duas edições anteriores, qualquer texto é livre para ser publicado. Seja ele resenha de livro, filme ou até mesmo uma produção literária.
Os textos serão analisados por um Coselho Editorial Livre que se reúne todas as segundas-feiras na Sala do CAHIS às 18h junto com a reunião da Comissão de Cultura e de Comunicação.
A participação na reunião, juntamente com o conselho é livre para todos os alunos do curso de História.
Qualquer graduando, pós-graduando ou ex-aluno pode escrever.

Os textos devem ser enviados por e-mail para cahis.usp.09@gmail.com até no máximo dia 16/09 e devem ter entre 3000 e 4000 toques (a resenha pode ser um pouco menor) que é o equivalente a pouco mais que uma folha sulfite inteiramente digitada em Arial, fonte 12, com espaçamento simples.

Todos os textos enviados serão postados aqui no Blog do CAHIS.

Caso o texto selecionado para a Revista exceda o limite de caracteres ou não "case" com a
diagramação, o autor será previamente consultado sobre uma possível edição de seu texto.

Qualquer dúvida, é só entrar em contato.


Um abraço e bom trabalho!
************
Atualização
O prazo de entrega dos textos foi prorrogado para Domingo, 20 de Setembro!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ata de plenária dos estudantes de história, 2 de setembro de 2009.

Ata de plenária dos estudantes de história, 2 de setembro de 2009.

Pautas:
1- informes
2- Conehi
3- Ereh
4- Plenaria departamental
5- Prova de mestrado
6- X Congresso
7- Plenaria conjunta geografia
8-Xerox



1- Informes:
a) Ontem, dia 1 de setembro, ocorreu a primeira reunião da comissão que organizará as discussões de reforma curricular.
b) Dia 4 de setembro ocorrerá uma plenária departamental que terá como um dos pontos a reforma na escolha de bancas, com a proposta de que o titular de que cada área deverá estar na banca
c) Prova do mestrado teve problemas, foi divulgado com atraso.
e) É necessário marcar uma plenária conjunta com a geografia para retirada de posição do prédio quanto a eleição de reitor
d) Reunião conjunta de espaço aquário será retomada dia 9.

2- Ocorrerá o Conehi, que decidirá a escola sede do próximo Eneh e a coordenação nacional do Femeh.
- O Cahis irá para o Conehi com um representante e pleiteará a coordenadoria

3- O ereh não foi construído pelo Corehi, ignorando os foruns legítimos. O Cahis não reconhece o Ereh construído paralelamente e não mandará delegação. Chamaremos o Corehi no Conehi ou para data próxima, com o objetivo de construir um Ereh legitimo.

4- Plenária departamental
Posicionamento dos Rds na plenária departamental do dia 4 de setembro.
-participação de RD como observador na banca de seleção de professores
-contra a obrigatoriedade da participação dos titulares da área nas bancas
-que os nomes apresentados para a banca sejam justificados e preferencialmente apresentados com antecedência.
- exigir que a quantidade de Rds nas plenárias departamentais seja de 1/5 do total de professores do departamento, como é determinado estatutariamente.
-que seja divulgado via e-mail a data e horário dos concursos.
-por voto aberto

5- Prova do mestrado:
que sejam reabertas as inscrições para a prova de mestrado e doutorado tendo em vista o atraso na divulgação do edital, pedindo o esclarecimento das rasões do ocorrido. Os estudantes exigem que o edital seja divulgado com um mês de antecedência.

6- X Congresso dos Estudantes
-Os estudantes de História pedem parra que o DCE chame um CCA que tenha como tema a discussão da viabilidade da data do Congresso.
-Que o comando de mobilização da história e geografia se integre na construção do X Congresso e que a comissão seja realizada na sexta feira.

7- Plenária conjunta:
tema: estrutura de poder e eleição de reitoria
dia: quinta-feira, 10 de setembro. No entre-aulas (18h-19h30)
sala 09 da geografia.

8- Não foi discutido por falta de tempo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ata da Plenária de 04/08

Informes:
-Bruno: Haverá um CCA geral da USP no sábado, 08/08, 10h, faculdade de Saúde Pública. Pauta: Calendário do 2º. Semestre e X Congresso.
- Leonardo: Sobre o ENEH: a plenária final não teve quórum então só foram aprovadas questões que eram consensuais.
CONEHI: UFPR e UFES estão cotadas para a coordenação do CONEHI, é necessário definir a próxima sede do ENEH. O próximo CONEHI será 06-07/set no nordeste.
EREH-Sudeste: Será na Universidade Rural do Rio, porém ainda não está confirmado se ocorrerá porque a data coincide com a do CONEHI.

Pautas:
-> Eleição de RD´s para as comissões do departamento que ainda estão sem RD´s:
- Comissão de Ensino: Vivian, Reinaldo, Vinicius, Fabiana
- Orçamento: Bruno
- Pesquisa: Marcos Vinicius
- Cultura e Extensão: Helena
-> Calendário de plenárias do segundo semestre e de mobilização
Plenárias: 02/09 (quarta), 01/10 (quinta), 06/11 (sexta), 01/12 (terça). Será requisitado ao departamento que em dias de plenária o entre –aulas seja estendido, ou seja, das 17:30 às 20:00. As plenárias terão início às 18:00 e cessarão às 20:00.
Mobilização: 3ª. Estrutura de poder, 4ª. Painel UNIVESP, 5ª. GD de criminalização dos movimentos sociais, 6ª. Festa. (dias 18-21/08). Pediremos 1 hora de paralisação de aula de cada período, as do vespertino deverão terminar às 17:00 e as do noturno terão início às 20:30.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Plenária dos Estudantes de História de quinta-feira 02/07/2009

1) Informes:

1.1) Tivemos a presença de uma estudante de História da Sorbonne, Katarina, que nos expôs a situação de greve das Universidades francesas.
1.2) Congregação da FFLCH (02/07): Foi aprovada uma proposta de calendário de reposição de aulas do dia 20/07 ao dia 07/08 (quando serão entregues as notas de avaliações).
1.3) ENEH: para quem estiver interessado em lugar no ônibus, deve se manifestar até 09/07 e efetuar o pagamento até 13/07.
1.4) Informes de cursos: Encerraram a greve:
· Geografia;
· Filosofia;
· Artes Cênicas;
· Audiovisual.
1.5) Assembléia geral dos Estudantes da USP (30/06) deliberou pela continuidade da greve:
· Retomada das negociações com a reitoria;
· Comando de greve todas às terças-feiras de Julho;
· Próxima Assembléia: 14/07.



2) Discussões:

2.1) Manutenção ou revogação da greve dos Estudantes de História: após duas rodadas de defesa, de 3 minutos para cada lado, seguidas
de votação, por contraste, os estudantes de História não estão mais em greve.

2.2) Rumos da Mobilização: Propostas aprovadas:
· Criar um comitê de mobilização, junto com a Geografia sempre que possível, que se reúna nas semanas anteriores ao início das reposições de aula para pensar as atividades a serem realizadas quando do reinicio das aulas em Agosto; A primeira reunião será terça-feira (07/07) às 19h e o comitê decidirá as próximas reuniões;
· Manutenção da comissão de comunicação e do blog;
· Plenárias ordinárias mensais, realizadas a cada mês em um dia diferente da semana (com exceção das extraordinárias), que durem das 18 às 20h30 (com meia paralisação das aulas do noturno);
· Realizar um painel sobre as paritárias de 1968 com professores que participaram do movimento; Responsáveis: Ramone, Ana, Camila e Vladmir;
· Criação de uma comissão de acompanhamento do processo eleitoral para reitor, que dê continuidade ao “Fora Suely”, “Fora Rodas”, etc. Responsável: Fernandinho.
· Debate sobre reestruturação do coletivo “Margarida Alves” e sobre a articulação da Universidade com Movimentos Sociais;
· Audiência/Debate com a diretora da FFLCH Sandra Nitrini (já aprovada na plenária anterior) para discutir democracia na Universidade, repressão na Universidade e UNIVESP;
· Debate sobre UNIVESP com Raquel Glazer (suposta responsável pelo projeto no curso de História);
· Utilizar o espaço público do prédio de História para realização de debates com convidados, exibição de filmes, peças teatrais e exposições, como forma de agregar estudantes – professores e funcionários também – e de maneira permanente. A idéia é organizar essas atividades de acordo com as pautas discutidas em Assembléias como forma de ampliar o debate e agregar mais estudantes ao movimento estudantil;
· 03 a 09/08: Semana preparatória para a semana de discussões no departamento: cartaz, mural, krafts, festa e painel;
· Em algum dia da semana de 10 a 16/08: painel sobre projeto de Universidade e projeto de educação com José Sérgio e Henrique carneiro;
· As atividades e debates aprovados, bem como a proposta da semana de discussões no departamento, serão organizadas e encaminhadas pelo comitê de mobilização.

2.3) ENEH: Será realizada uma reunião segunda-feira (06/07) para discutir questões referentes ao encontro.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Ata da plenária 29/06

PAUTAS:

- Estrutura de poder no departamento
- RD´s
- Encameninhamentos da greve (reposição de aulas, entrega de trabalhos, reuniões de quarta-feira, atividades, etc.)

RESOLUÇÕES:

1) A posição dos estudantes é o bate-papo entre alunos e professores seja um espaço permanente, ou seja, que continue ocorrendo após o fim da greve.

2) escreveremos uma carta amanhã (30/06 - 17h), esta carta deverá conter:

2.1) a posição da não punição dos estudantes que participaram da greve;
2.2) que os professores não entreguem as notas até 03/07
2.3) a nossa intenção de entregar provas e trabalhos no período de reuperação caso a greve já tenha acabado (ou que se faça a retificação das notas depois)
2.4) nossa intenção que haja reposição de aulas após o fim da greve
2.5) Que nos seja fornecida informações sobre a quantidade de aulas que os professores estão dando nos últimos anos..
2.6) Que nenhum voto saia do departamento de História (por exemplo, para a Congregação) sem a discussão e deliberação coletiva no departamento.
2.7) Exigir do departamento uma posição clara sobre a reposição de aulas.

Esta carta deverá ser lida na reunião de professores e estudantes nessa quarta-feira e na próxima plenária departamental

3) Exigir que o departamento crie uma circular periódica na qual conste as pautas e atas das plenárias do departamento, assim como discussões sobre sobre diversos temas.

4) Propor aos CA's e DA's da Física e da Matemática debates sobre a UNIVESP

5) Que o grupo de estudos sobre Universidade comece a estudar modelos de universidade, visando criar propostas de democratização das estruturas de poder, e que seja feita uma semana de discussões acerca do tema (indicada para ocorrer na segunda semana de agosto) com o objetivo de criar uma proposta concreta para o departamento de história.
¨
6) Marcar uma reunião com a Sandra Nitrini, diretora da FFLCH, para garantir que haja um calendário de reposição de aulas após o fim da greve, na quinta-feira, dia 09/07.

7) Marcar uma audiência pública com a Sandra Nitrini para o segundo semestre.

8) Levar como pauta para a plenária departamental a discussão sobre estrutura de poder no departamento.

9) Propor ao departamento que haja uma plenária extraordinária nesta quinta-feira 02/07. OBS: ONTEM EU E O DIOGO CONVERSAMOS COM A MEGIANI E ELA DISSE QUE NEM ELA, NEM A MARINA ESTARÃO AQUI NA QUINTA, POR ISSO FICA INVIÁVEL REALIZAR A PLENÁRIA.

10) Que se realize um congresso deliberativo que determine as novas estruturas de poder no Departamento de História com bases amplamente democráticas.

11) realização de uma plenária extraordinária dos estudantes de história na próxima quinta-feira para discutir o futuro da greve.

12) Preparar um cartilha para a primeira semana de aula sobre a UNIVESP e a estrutura de poder (tanto do departamento, quanto da USP). O grupo de estudos sobre a "História recente do movimento estudantil" pode se encarregar desta função.

13) Quanto a proposta de se integrar à frente pela democratização da universidade, ficou decidido que após obter mais informações, colocaremos em pauta novamente.

14) Por um erro de encaminhamento, a proposta sobre a não recomendação do uso de camisetas amarelas não foi votada corretamente. A mesa assume a responsabilidade pelo ocorrido. Se a pessoa que fez a proposta julgar necessário, colocaremos em pauta na próxima plenária.

domingo, 21 de junho de 2009

CAHIS durante a Greve

Amigos,

durante o período de Greve a detoria do CAHIS fica temporiariamente dissolvida sendo assim suspensas as atividades corriqueiras como as semanas de cinema, mini-cursos, debates e palestras.


Para maiores informação sobre a greve, acesso ao site http://2009uspgreve.livejournal.com/

Abraços!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Ata da plenária do dia 08/06

AS SEGUINTES PAUTAS FORAM COLOCADAS EM DISCUSSÃO E VOTADAS NAS DUAS SESSÕES DA PLENÁRIA DOS ESTUDANTES DE HISTÓRIA E OS RESULTADOS FORAM A SOMA DAS DUAS VOTAÇÕES.


PAUTA 1 - Pautas de reivindicação da greve dos estudantes de História

1) Fora PM do campus
2) Democratização da estrutura de poder na USP
3) Revogação da UNIVESP
4) Mais verbas para a educação
5) Melhorias na estrutura da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

OBS: Foram votados os eixos centrais, os sub-eixos serão discutidos pelo comitê de greve e encaminhados na próxima plenária.

PAUTA 2 - Manutenção ou fim da greve

Resolução: os estudantes de História votaram pela manutenção da greve

PAUTA 3 - Utilização de piquetes como instrumento de manutenção da greve

Resolução: os estudantes de História votaram pela utilização de piquetes como instrumento para garantir a greve.

PAUTA 4 - Reconstrução da barricada de cadeiras

Resolução: os estudantes de História votaram pela reconstrução da barricada de cadeiras retirada hoje (08/06) pela manhã por um grupo de estudantes que incuía alunos da poli e da medicina.

MOÇÕES DE REPÚDIO

Foram aprovadas por consenso as seguintes moções de repúdio:

1) Moção de repúdio ao grupo de estudantes que se negou a discutir politicamente a colocação das barricadas no único fórum legítimo de deliberação dos estudantes de História que é a plenária, e, aproveitando-se de um momento no qual não haveria estudantes no prédio retirou as cadeiras desfazendo a barricada.

2) Moção de repúdio à estudante que chamou a polícia na quinta-feira (04/06) alegando ter sido agredida.

OBS: as moções de repúdio serão escritas pelo comitê de greve.

Fotos da Greve

USP Em Greve (Junho 2009)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Calendário de atividades da greve

Quarta-feira (03/06)

- às 8h: trancasso dos funcionários e estudantes no P1

- às 14h30: Debate Repressão e democracia na universidade

- às 20h: Debate UNIVESP

Quinta-feira (04/06)

- às 12h: concentração e piquete

- às 14h: concontração para o ato da FUVEST em frente a reitoria

- às 15h: Ato da FUVEST (em frente ao prédio da FUVEST)

- às 18h: Assembléia Geral dos estudantes da USP (em frente a reitoria)

Sexta-feira (05/06)

- às 14h30: Debate UNIVESP, acesso e permanência

- às 20h: Debate Repressão e democracia na Universidade

Ata da Plenária Extraordinária 01/06 - ESTUDANTES DE HISTÓRIA EM GREVE

Pautas:

- paralisação dos estudantes de história na terça-feira (02/06)
- greve dos estudantes de história

Resoluções:

- De acordo com uma proposta, a plenária foi interrompida às 19h30 para que os alunos que estavam em aula fossem convidados à participar. A plenária foi retomada por volta de 20h30 no anfiteatro da história. Das seis salas que estavam em aula, três paralisaram.

- Entre as propostas de greve imediata e indicativo de greve para a Assembléia geral dos estudantes da USP que se realizará na próxima quinta-feira, os estudantes de história deliberaram GREVE IMEDIATA.

- Mediante várias propostas sobre as formas de atuação dos estudantes para garantir a greve, foi deliberado que terça e quarta-feira serão realizadas passagens em sala para conversar com estudantes sobre a greve, e a partir de quinta-feira, serão feitos piquetes, para impedir a entrada dos estudantes em sala.

- Com o início da greve o CAHIS fica dissolvido, sendo substituído por um comitê de greve que irá ter sua primeira reunião hoje, dia 02/06, às 13h no espaço aquário, na qual serão difinidas as atividades a serem realizadas.

- As prinicipais pautas dos estudantes são:

1) Fora PM do campus já!
2) Revogação da UNIVESP
3) Pelo fim da punição individual dos estudantes que estão sofrendo processos administrativos e criminais por participarem de manifestações coletivas.
4) Apoio às reivindicações dos funcionários
5) Melhoras no curso de história (Contratação de professores e construção de novas salas)

- Os estudantes de história vão se incorporar no ato unificado que ocorrerá dia 02/06 às 11H em frente a reitoria.

- Dia 08/06 será realizada a próxima assembléia dos estudantes de história em dois horários para garantir maior participação, às 14h e às 19h.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Plenária Extraordinária dos Estudantes de História de 14/05/2009

Informes:



1) Paralisação dos estudantes da USP de 18/05/2009: Calendário do DCE:

· Audiência pública sobre os eixos da mobilização – 10 horas;

· Ato em frente à reunião do CRUESP ( Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) – 13 horas;

· Reunião do Comitê de Mobilização estudantil da USP – 17 horas;

· Debates à noite.



2) Assembléia Geral dos estudantes da USP – dia 20/05/2009 às 18h.

· Mobilização e perspectiva de greve.



3) CCA (Conselho dos Centros Acadêmicos) da USP – dia 16/05/2009 às 14 horas na sede retomada do DCE:

· Mobilização e paralisação.



4) Encontro Estadual dos estudantes: 23 e 24/05

· Eixos de mobilização.



5) Comissão de Xerox: recolherá doações de textos nos dias 19 e 20/05 na rampa, para início de montagem de um acervo, do qual se compartilharão textos entre os alunos.



6) Boletim do CAHIS: foi elaborado e está circulando um boletim do CAHIS que faz um balanço da última paralisação (05/05/2009) e um apanhado geral do contexto de mobilização do curso de história e da universidade.



7) Escolha de representantes discentes da FFLCH: O CCA da faculdade organizou um processo de eleição de chapas por urna, que não foi contemplado, uma vez que não houve inscrição de nenhuma chapa. De acordo com regimento eleitoral elaborado pelo mesmo CCA, neste caso seria convocada uma reunião do conselho excepcionalmente para nomear os representantes, que cumprirão mandato provisório de 6 meses. Um novo processo eleitoral para mandatos de 2010 será organizado entre Setembro e Outubro de 2009. A reunião ocorrerá em 19/05 às 12 horas. Foi aberto, na plenária de hoje, um espaço para que eventuais interessados nos cargos, que ainda podem procurar o CAHIS até o dia do referido CCA, se manifestassem. Uma nota de esclarecimento aos alunos e à diretoria da faculdade será divulgada.



8) Reunião aberta do Espaço Aquário de 13/05/2009:

· Foi marcado um mutirão no pico da pamonha para o dia 29/05.

· Foi decidida a elaboração de uma “carta de intenções” direcionada às chefias do prédio, que será aprovada na próxima reunião.



9) Debate da Rádio Várzea, no dia 21/05, sobre criminalização da rádios livres.


Pautas:



1) Paralisação do dia 18/05/2009

Resoluções:

· Os estudantes de História aderem, por consenso, à paralisação;

· Atividades:

- Manhã e tarde: incorporação no calendário do DCE;

- Noite: Realização de debate no curso às 19:30:

- Execução orçamentária e financiamento;

- Acesso à universidade pública, reformulação da FUVEST e UNIVESP;

- Demissões e repressão;

- Mesa: CAHIS, DCE, ADUSP e SINTUSP.



2) Comitê de mobilização dos estudantes da USP:

Resolução:

· Os estudantes de História decidiram pelo envio de representantes, que são:

- Bruno (10 ano);

- Bruno (30 ano);

- Demétrius;

- Leonardo (20 ano);

- Reinaldo.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Nota do CAHIS

Nota do CAHIS de desaprovação à postura adota pela gestão "Nada será como antes" do DCE na Assembléia Geral dos Estudantes da USP quanto a tiragem de delegados para o CONUNE:

Apresentamos nosso profundo desacordo como os métodos utilizados pela gestão "Nada será como antes" para aprovar uma resolução da Assembléia, que decidiu pela não tiragem de delegados da USP para o CONUNE (Congresso Nacional da UNE), pois não era pauta da Assembléia e não ocorreu um amplo debate com o conjunto dos estudantes (três minutos de defesa entre as duas posições). Essa metodologia se assemelha e muito aos próprios métodos utilizados pela direção majoritária da UNE para manter sua posição na entidade. Vale ressaltar que uma importante critica feita pela gestão "Nada será como antes" é a ausência de debate nos fóruns da UNE, mas reproduziu, contraditoriamente, tal prática na condução da referida questão.

Ata da Plenária Ordinária dos Estudantes de História de 30/04/2009.

Informes Gerais:

1) Reunião da Comissão de espaço e qualidade de vida do prédio de História e Geografia(24/04/2009):

· A sessão de alunos funciona há anos em local provisório, no projeto de reforma do prédio não está previsto para onde transferi-la, a chefia do departamento de História vê a necessidade de estudar a questão;

· Banheiros: foi alegado, por parte das chefias, furto de sensores e pedido uma “política de conscientização” levada a cabo pelos Centros Acadêmicos do prédio;

· Espaço Aquário e Rádio Várzea:

- As chefias do prédio de História e Geografia defendem maiores controle e organização do espaço pelos Centros Acadêmicos;

- Postura incisiva das mesmas em relação à antena da Rádio Várzea , no sentido de que os Centros Acadêmicos também devem responder por eventuais implicações legais.

- Alguns representantes discentes presentes conquistaram a aceitação de discussões políticas amplas que podem adiar medidas repressoras quanto ao funcionamento da Rádio Várzea.



2) Primeira reunião da Comissão Aberta do Espaço Aquário (29/04/09):

· Caráter: Organizativa e Consensual;

· Limpeza/Multirão no Pico da Pamonha e sua posterior transformação em espaço de vivência;

· Identificação da necessidade dos quatro grupos do aquário (CAHIS, CEGE, Atlética e Rádio) possuírem a chave da porta do espaço (pressão nos fóruns departamentais e do prédio e, no limite, troca de fechadura);

· Discussão sobre o espaço em geral e venda de cerveja (a princípio, elaboração de políticas de boa convivência).



3) Audiência publica no Congresso Nacional sobre o REUNI, pautada nas denúncias do “Livro Cinza”:

· Ocorreu em 22/04/2009 em Brasília;

· ANDES começará a rediscutir o projeto;

· Foi formada uma comissão estudantil, por várias entidades presentes, para também rediscutir o projeto.



4) Ocupação/retomada da sede do DCE:

· Assembléia (28/09/2009): A ocupação continua, uma vez que a autonomia financeira e política da entidade ainda está em processo de negociação com a reitoria;

· A fechadura do espaço foi trocada;

· Diversas atividades sobre a paralisação de 05/05/2009 e sobre os eixos de mobilização do Movimento Estudantil estão sendo realizadas em alguns cursos e na própria ocupação.





5) ENEH (Encontro Nacional dos Estudantes de História):

· Estão circulando, e também disponíveis na sala do CAHIS, filipetas para o registro de interessados, para que se possa levantar um estatística financeira sobre o encontro;

· Foram requisitadas medidas mais efetivas em relação ao encontro.



6) Encontro Estadual dos Estudantes: acontecerá no final de Maio na USP.





Pautas:



1) Superlotação de salas:

Informes/relatório da comissão responsável:

· A primeira tentativa de obtenção de informações foi feita por vias oficiais;

· O departamento de História ainda não disponibilizou todas as informações necessárias (número de alunos inscritos no curso, número de salas, grade horária de professores, etc.);

· Foi feita uma pesquisa “por fora” que obteve algumas informações e conclusões:

- Houve um aumento de 90 alunos de 2008 para 2009;

- Defasagem de 6 professores;

- Defasagem de salas.

· A comissão está em busca do “projeto piloto” do Gabriel Cohn para analisar o que eventualmente nele contém sobre expansão de salas.

Resoluções:

· Avaliou-se que as informações levantadas até então já são válidas para a confecção do abaixo-assinado;

· A comissão responsável dará sequência às pesquisas.



2) Ocupação/retomada da sede do DCE e Paralisação de 05/05/09:

· O CAHIS apóia oficialmente, na condição de entidade, o processo de retomada da sede do DCE;

· Por deliberação da Plenária, os estudantes de História da USP estarão oficialmente paralisados na terça-feira (05/05/09): a discussão política será levada para cada sala de aula dos períodos vespertino e noturno no referido dia com o intuito de ampliar ao máximo a adesão dos estudantes;

· Atividades da paralisação serão realizadas pelos estudantes de História:

- Mesa da UNIVESP (em torno das 15 horas):

- CAHIS;

- DCE;

- Rodrigo Ricupero/ Mauricio Cardoso/ Oswaldo Coggiola.

- Mesa da Superlotação de salas (em torno das 20 horas):

- CAHIS;

- DCE:

- Marlene Suano/ Nicolau Shevchenko/ Pedro Puntoni.



*foram definidos responsáveis por entrar em contato com os professores.



3) Nota de repúdio: foi aprovada uma nota de desaprovação do CAHIS à postura da gestão “Nada será como antes” do DCE adotada na Assembléia geral dos Estudantes da USP de 23/04/2009 com relação ao processo de tiragem de delegados da USP para o CONUNE (Congresso Nacional da UNE). Tal nota será publicada na lista de e-mails e no blog do CAHIS.


4) UNIVESP: Por falta de tempo e tendo em vista que haverá um mesa correspondente no dia da paralisação, tal pauta não foi discutida.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Ata da Reunião do CAHIS - 28/04/2009

Informes-

-Foi concedida ao grupo de estudos Arte e Cultura na Ditadura 24 cópias na cota do CAHIS para divulgação de evento futuro;- Houve uma negociação entre DCE e Reitoria, no entanto até o momento da reunião não havia o informe dos resultados;
- Haverá no fim do mês o Encontro Nacional dos Estudantes, envolvendo faculdades públicas e particulares;
- Nessa quarta, dia 29/04, haverá a primeira reunião da Comissão do Espaço Aquário às 18h no mesmo espaço;
- Na quinta, 30/04, às 17h30 ocorre a reunião da Comissão Aberta tirada na última plenária extraordinária com o intuito de diagnosticar os problemas levantados como superlotação de salas, contratação de professores, etc;
- Já estão abertasas incrições par ao mini-curso "América em Perspectiva" que acontecerá na semana que vem. Inscrições pelo e-mail do CAHIS (cahis.usp.09@gmail.com);
- Alteração de Calendário:
II Semana de Cinema - 25 a 29 de Maio
II Mini-curso - 15 a 19 de Junho;
- Interessados em ir ao ENEH e ajudar na organização da logística da viagem para o mesmo devem encaminhar e-mail para enehusp2009@gmail.com ou preencher folha com dados fixada na porta do CAHIS;

Pauta única

Chamada para Plenária Ordinária dos Estudantes de História

Deliberou-se que a próxima plenária dos estudantes de História será nessa Quinta, dia 30 de Abril, às 18h na Sala Caio Prado Jr. levando as seguintes pautas:
- Ocupação do DCE
- UNIVESP
- Superlotação de Salas (prestação de contas da comissão tirada na última plenária extraordinária para diagnosticar os problemas do curso)

Um craft será pregado no vão da História e Geografia assim como e-mails serão enviados aos alunos anunciando a Plenária.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Quadrinhos: Scabini & Bernard


Entrevista com o professor István Jancsó

Por Bruno Roma e Isadora do Val


Confira a primeira parte da entrevista com Istvan Jiancso, professor doutor do departamento de História da USP. O professor que teve seu primeiro contato com a faculdade nos anos 60 conversou no IEB com os alunos do segundo ano Bruno e Isadora.
Revista do CAHIS: Entrar na USP. Hoje em dia há um orgulho imenso por se entrar na USP, no entanto não tão grande quando se trata de História. Como era isso no tempo da graduação do senhor?
István: Entrar na USP era uma coisa extraordinária naquele tempo. E entrar na História era uma coisa extraordinária naquele tempo. Não esqueça que naquele tempo a faculdade de filosofia, e, portanto a História, era o eixo da universidade. Eu entrei no curso em 1960, e terminei no final de 1963, e naquele tempo ser aluno da USP era o Maximo, e não havia diferença se da História, Geologia, Matemática, enfim... Tudo isso era a faculdade de filosofia, ciências e Letras. O pessoal esquece que a Maria Antonia era composta por faculdades que estão hoje na FFLCH e outras que estão fora, como Psicologia, Química, Etc., e isso era a nossa faculdade, independentemente do departamento aquilo era um privilégio... E no nosso caso, da faculdade de filosofia, tínhamos tremendos professores... Era muito menos gente, obviamente... E as pessoas se esquecem, por exemplo, o porquê a faculdade de letras é de manhã, e História, Geografia são de tarde... Por que o prédio era pequeno, e pra acomodar tudo isso era preciso... E os professores com a rotina consolidada, de manhã e de tarde, mantiveram sua vida... Eu me aposentei agora, pela compulsória, e acho sou um dos últimos da minha geração... A maioria dos meus colegas, eu acho que não sabe por que História é de tarde e Letras de manhã... Veja como a nossa faculdade é conservadora... Justamente por uma questão de adequação ao espaço, isso permaneceu por mais de 50 anos...
Era um pequeno espaço, muito menos pessoas, o departamento de História devia ter 12 professores... Na verdade no começo era diferente... Eu ainda não peguei essa fase quem pegou foi Fernando Novais que se formou quatro anos antes que eu, e por isso fez o curso de História e Geografia... Daí depois separaram e eu fiz só História...
Revista: O senhor acha que não havia o peso que a palavra 'licenciatura' traz pra alguns cursos?
István: Não... Porque não havia essa recusa do ensino médio como profissão... Havia concurso pra ensino médio e isso era valorizado... Os salários não eram altos, mas também não eram esse desastre que são hoje pra ensino público... Eu estudei a minha vida toda em escola pública, e tive professores intelectuais de qualidade... E eu queria ser professor, não sabia que se podia ser historiador quando eu entrei... Era uma profissão muito respeitada naquele tempo... O curso era respeitado e a profissão era respeitada... Não era essa coisa desprezível que a classe média faz parecer... Mas cada país tem a classe média que é capaz de produzir, a nossa é esse desastre...
Revista: Sobre a relação dos alunos com os professores. Hoje em dia no departamento a relação é extremamente rasa, extra-acadêmicamente nem isso... Como era naquele tempo?
István: Como dizem na Bahia, tinha de um tudo... Dependia muito, primeiro: a estrutura do departamento era uma coisa extinta, felizmente extinta, chamada Cátedra... Então os departamentos eram formados por cadeiras, essas cadeiras eram unidades de pequenas constelações de professores gravitando sobre uma figura que era o catedrático... Tinha concurso para ser catedrático, e todos os outros cargos de assistente, instrutor e essas coisas eram por convite do catedrático que montava a cadeira à feição dele... Quando o catedrático era uma pessoa de muita qualidade, era altíssima a probabilidade da constelação toda ser de muito boa qualidade... E quando o catedrático era um desastre, existia isso também, o conjunto era desastroso... A relação dos alunos com os professores era sempre respeitosa, muito mais respeitosa do que hoje... Assim como a relação entre pais e filhos mudou, Santo Deus! Estou falando de meio século... O fato é que eu nunca imaginei chamar, até o falecimento dele, o França de França... Se ele estivesse vivo eu continuaria a chamar de professor França... Havia uma hierarquia, que tinha aspectos positivos quando o catedrático cumpria o papel de liderança intelectual, e era uma barreira quando o catedrático era uma anta...
Revista: Pode-se dizer que embora mais formal a relação fosse mais próxima, ou talvez até afetiva?
István: Depende. Era mais próxima, o que significa que a possibilidade de atrito era mais imediata, e a possibilidade de relação mais consistente, duradoura também era maior... Eu tenho uma imagem que gosto de usar sobre a diferença entre a nossa situação e a de vocês. Pense numa viagem de ônibus, então a nossa era o seguinte: embarcávamos em São Paulo e depois de um tempo, passando por Belo Horizonte, Salvador e Recife todo mundo chegava a Belém do Pará... Nessa viagem todo mundo acabava se conhecendo um pouco, uns mais outros menos... Agora vocês é como se embarcassem na Capela do Socorro, num ônibus lotadíssimo, pra descer na Praça da Bandeira e entra gente, sai gente, e acaba só sobrando tempo pra lembrar de quem pisou no teu pé, ou da menina com quem você ficou flertando...
Revista: Hoje em dia não há mais seriação ou grade fechada como no tempo do senhor... O senhor vê isso como uma vantagem ou desvantagem?
István: Eu sou absolutamente a favor da grade aberta... Isso é um ganho, o que eu acho que é uma perda é a massificação das turmas... Eu até consigo entender que na chamada aula expositiva, que por imprecisão às vezes se chama de aula teórica, não haja muita importância se você tem vinte, cinqüenta ou cento e cinqüenta alunos... Mas o diabo é que essas turmas gigantescas não facilitam um espaço de aprendizado na prática, então os seminários são muito difíceis... No meu tempo, com vinte alunos, todo mundo tinha pelo menos dois seminários por semestre, e era fácil produzir uma alternativa, mas como fazer isso numa turma com oitenta alunos? Temos doze sessões por semestre, como no cinema, com oitenta alunos, isso significa quase oito alunos por grupo! Isso sem falar em feriados, tempo de provas e essas coisas todas... O grupo apresenta o assunto e estamos conversados, entende? Ficam ticando os seminários que nem os bandidos ticavam o coldre do revólver no faroeste, opa, matei mais um!

Bastidores legais

Por Bruno Mahamad


Parte I
A visão de mundo que a televisão nos vende quase nunca retrata o impacto das realidades sociais com a fidelidade que estas merecem. Lembremo-nos, por exemplo, das muitas matérias com a temática “Pobreza e suas consequências” mostradas frequentemente em programas televisivos como “Globo Repórter”. Essas matérias, que julgam ter caráter denunciativo, fazem de seu produto uma análise rasa e simplista das mazelas sócio-econômicas que escolhem como material de trabalho, além de se manterem omissos quanto à procura de soluções para os problemas que apresentam, mostrando assim notável falta de empatia social.
A pobreza, enquanto instituição das sociedades urbanas e rurais, tem múltiplas utilidades às elites midiáticas e políticas por fazer de suas vítimas, os pobres, ótima matéria-prima para exploração servil a baixo ou médio custo; bons protagonistas para documentários, propagandas comerciais, apelos filantrópicos, novelas, entre outros; e por fim garotos-propaganda de programas políticos eleitorais que veem na pobreza grandes virtudes e importâncias, mas apenas durante o período que antecede as eleições. E é sobre os papéis artísticos assumidos pelos “pobres” em documentários televisivos e propagandas eleitorais que o restante do texto pretende falar
As atrações jornalísticas exemplificadas no primeiro parágrafo fazem quem assiste pensar equivocadamente que o engajamento social é a principal intenção de quem o produziu, e que os telespectadores cumprem com suas obrigações e sensos sociais apenas por assistirem o reflexo das desigualdades sentados confortavelmente em suas casas, alimentando a idéia de que não contribuem em nada com o que é mostrado. Tais juízos são criados graças ao modo como esses temas são abordados e explicados pelos responsáveis pelas “denúncias” apresentadas.
A inversão de valores pode ser notada quando há dramatização dos problemas, ao invés de ser priorizada a gravidade e as importâncias sócio-político-administrativas das irregularidades apresentadas. Por exemplo: em certa reportagem sobre a imigração ilegal e o trabalho semi-escravo em grandes cidades brasileiras os autores da matéria mesclaram denúncias, trilha sonora com músicas melancólicas, crônicas e entrevistas. Do ponto de vista comercial, a mistura desses itens deixou o produto final atraente, mas ao final do espetáculo a proposta essencial, que era a de incentivar a população a agir em favor dos imigrantes oprimidos, não foi cumprida. Por quê? O excesso de efeitos dramáticos em matérias que se pretendem denunciativas acaba desvirtuando a proposta principal, que é a de denunciar e estimular a ação. Quando todas as dificuldades dos desfavorecidos são mostradas com enfoque comercial há um bloqueio a qualquer chamado à mobilização, além de nos passar várias idéias equivocadas: de que aquele caso é só mais uma história com final triste e inevitável; de que por estarmos distantes somos incapazes de mudar essa realidade em qualquer instância; e de que toda culpa deve ser dada às autoridades. Ou seja, o uso demasiado de recursos comerciais em matérias com esse cunho acaba retirando a seriedade da situação retratada, e ao final aliena os telespectadores da luta por melhores condições de vida e trabalho para todos. Portanto, pode-se dizer que o jornalismo dramático das grandes empresas de comunicação é um dos causadores do infeliz desinteresse da sociedade brasileira por lutas sociais.
Outra crítica pertinente é a que se refere à falta de embasamento histórico e cultural encontrada nesses trabalhos que buscam reportar problemas econômicos utilizando apenas a contemporização, o uso restrito de atualidades regionais, deixando de teorizar as dificuldades sociais se valendo das origens históricas das relações estabelecidas entre os cidadãos - Por exemplo, o conhecimento das raízes das relações de poder entre escravos e fazendeiros é importantíssimo para que conheçamos as origens de desenvolvimento do preconceito racial em nossa sociedade. Já entendido o papel da História como importante ferramenta na análise das sociedades, por que então é abstraída quando o que está em voga é justamente uma característica social? A resposta pode estar no fato de que um trabalho muito elaborado e detalhado como esse poderia diminuir o interesse dos telespectadores, logo o valor comercial do produto oferecido. Essa mentalidade é uma ofensa à capacidade intelectual dos telespectadores, primeiro por julgar ser a população um consumidor simplista e inepto à assimilação de novos conhecimentos; segundo por fazer da matéria jornalística uma análise incompleta e inconsistente, vendendo, dessa forma, um produto ruim e falsificado aos consumidores, nós os telespectadores. Sendo assim, a capitalização do jornalismo, nesse caso, acaba por distorcer os fatos e minimizar o potencial analítico da população, o que em última análise serve muito bem aos interesses elitistas de manipular o pensamento e massificar o conhecimento!

Crônica de festa de escolinha

por Viviane Longo

Na escolinha, noite de apresentação. Os portões só abririam às 19:30, 19:00 é hora de os desavisados chegarem e o porteiro dizer-lhes que só abrirá dali a meia hora. Ficam sentados nos banquinhos esperando, observando, tricotando.
Homens e mulheres chegando, mais e mais crianças, um ou outro adolescente - desprovidos da mágica máscara da paciência ou da anuência, uns entediados, outros observando e comentando, sob risos - tios, avós, parentes das crianças-show.
Um casal distinto, bem vestido, pára e olha de modo perpendicular (de cima para baixo) as pessoas à sua volta afinal, eles vieram numa carruagem de abóbora cheia de “glitter”, por isso aquele olhar desdenhoso e típico dos que têm sangue azul e sobrenome conhecido na pequena cidade.
Outro casal passa com os filhos, e repete o gesto.
Mais outro, e outro, e assim sucessivamente.
Talvez 1% de quem estivesse ali na calçada não se encaixasse no padrão exigido, não seguisse o ISO da sociedade, ou não tivesse sobrenome conhecido. Adivinha para onde convergiam os olhares “elitóides”? Exato. Para o 1%. Mas não porque estivessem chamativos, é que estavam pisando em território nobre, ainda mais com roupas simples, inadequadas para aquele contexto. Já falei, é que não tinham sobrenome adequado.
Muitos deles se conheciam, estalos de beijo pra cá, apertos de mão pra lá, sorrisos duros pra todos os lados. E a conversa rolava:
- Que carro!
- Que bolsa! Quanto pagou?
- Que cabelo! Onde arranjou?
- Que pele! Em que viagem?
- Que marido! ops, isso foi um pensamento ; sabe como é né, uns conhecem mais e melhor os maridos e esposas do que os próprios maridos e esposas.
- Que gentalha por aqui hoje, hein! outro pensamento, esse, geral.
Bateu 19:30.
A nata, como sempre, ansiosa para sobressair do bule começou a se agitar para entrar na escolinha.
Suas abóboras fecharam a rua, dali a ralé não passaria. Tudo bem, estavam seguros.
Sem perder a pose, ou o salto alto ou o “Rolex”, o gado transpassou a porteira. Hora de se acomodar nos bancos para assistir à apresentação.
Burburinhos, risadas, mais cumprimentos , mais hipocrisia, mais alegria! E passos, e “toc-tocs”, rumo aos assentos.
A diretora pegou o microfone e pediu-lhes que, educadamente, se apertassem um pouco mais para que outras pessoas (retardatários) se fixassem em seus lugares.
Dez minutos depois, todas as “Colcci”, “Dolce & Gabana”,” Diesel”, ”Lacoste”, “Victor Hugo”, “Louis Vouilton”, “Opera Rock” estavam cobrindo corpos iguais bem sentados.
E mais burburinho.
Mais cinco minutos até começar o silêncio, este é claro pedido educadamente pela diretora. Afinal todos ali são bem educados, civilizados e sabem quando é hora de ficarem quietos, de pararem de empurrar, de sorrirem, de aplaudir. Saídos da mesma forma, se reconhecem, se respeitam, se amam. A etiqueta sempre falando mais alto.
Começa o espetáculo, crianças cantando, dançando, recitando textos, uma superficial profundidade colorida, válida; todas as crianças pintadas e fantasiadas para incorporar uma idéia. Uma bela mensagem, um tema rico, pouca assimilação: a elite veio bater cartão e só. Prestigiar os filhos também, é claro.
Três quartos do que as crianças disseram, virou foto, um quarto foi absorvido. A escola fez um excelente trabalho naquele ano introduziu nas crianças a “decoreba”, que maravilha!
Para finalizar, um agradecimento emocionado, sincero, a todos os presentes e uma frase para semear nas roupas ali sentadas e nas pessoas também uma consciência: o ideal primário daquela noite.
Que noite! Que dó! As crianças mal sabiam do que falavam ali, mal sabiam da decência e civilidade dos pais, mal sabiam que representam o futuro do país, mal sabiam que a maioria das pessoas ferve o leite, côa a nata e joga fora.

Minibiografia de Bruce Lee

por Rafael Zanatto


Hoje, estatelado no sofá, enquanto trocava de canais, acabei deparando-me com um documentário sobre a vida de Bruce Lee. Sua história me tocou profundamente, e tive vontade de ajudar a difundir um pouco de toda sua arte. Como o documentário que assisti tinha 14 horas de duração, achei melhor procurar algo mais sintético para apresentar-lhes. Encontrei uma minibiografia na internet, mas estava em chinês. Traduzi. Como conheço apenas cerca de 300 ideogramas (um diploma internacional de fluência em chinês exige o conhecimento de, pelo menos, 3.600; enquanto, na China, é considerado analfabeto quem reconhece abaixo de 150), podem haver alguns erros em minha tradução. Mas o que me falta em capacidade, sobra-me em dedicação.
A INFÂNCIA
Filho de um lutador de rua e uma dentista, Bruce Lee nasceu em São Francisco, nos Estados Unidos. Ao contrário do que muitos pensam, o pai de Bruce faturava uma grana alta em parceria com sua esposa. Apesar de ganhar muito pouco dinheiro quebrando blocos de cimento e assassinando seus adversários, Lee Hoi-Chuen acabou juntando uma pequena fortuna quando começou a apenas quebrar os dentes de seus oponentes que, derrotados, dirigiam-se ao consultório de sua mulher, Grace Lee, para reinplantá-los. Tendo pais bem-sucedidos, Bruce Lee sempre foi uma criança com muitas oportunidades, mas muitos dizem que grande parte de seu sucesso jazia nas capacidades herdadas de seus pais. É sabido que Bruce Lee, quando em dificuldades financeiras, quebrou o galho diversas vezes obturando dentes com as mãos nuas em circos e parques de diversões; enquanto de seu pai herdara a rara habilidade de vestir as duas pernas das calças simultaneamente, com um salto o que apesar de ser pouco rendoso, era parte do motivo de seu grande sucesso com as mulheres.
A UNIVERSIDADE E OS PRIMEIROS FILMES
Sempre um jovem muito discreto, tímido, e apaixonado por porradaria, Bruce cursou Filosofia na Universidade de Washington, tendo trabalho de conclusão de curso uma tese intitulada A Estupidez Humana: um tratado ontológico sobre a legitimidade do soco-na-cara. Logo após se formar, Bruce decidiu que queria ser um ator de sucesso, e fez alguns filmes obscuros, antes de conseguir seu lugar como grande lenda do cinema mundial. Entre suas primeiras experiências na telona podemos citar a trilogia homoerótica formada por Morte em São Francisco (1958), Porrada em São Francisco (1959), e Súbito Prazer em São Francisco (1961), além de um papel secundário em uma versão da história de Jesus Cristo, em que Bruce Lee interpretava um mercador judeu com sede de vingança.
O SUCESSO E A MORTE PREMATURA
Após viver de bicos, Bruce Lee finalmente emplacou um grande blockbuster, com O Dragão Chinês (1971). Seus outros dois filme seguintes, A Fúria do Dragão (1972) e O Vôo do Dragão (1972), só aumentaram sua fama. Junto com sua carreira de ator, cresceram também suas habilidades nas artes marciais. Aliando técnica, força e muito tempo livre, Bruce Lee desenvolveu golpes que hoje em dia são comuns, como a voadora giratória e o soco de uma polegada. É dito que Bruce também inventou o soco de uma tonelada, que consistia em elevar o braço com o punho fechado, e baixá-lo violentamente, como uma marreta. A lenda diz que Bruce usou este golpe em um urso panda, durante uma apresentação num zoológico de Xangai em 72. O urso acabou destroçado pela força inconcebível de Bruce Lee, mas o fato foi encoberto, pois na época zelava-se muito pela fama de bom-moço do artista americano.
Bruce reafirmou sua posição como estrela mundial ao estrelar aquele que seria seu maior sucesso, Operação Dragão (1973), que arrecadou cerca de 3.000 dólares, um recorde para a época, se levarmos em consideração que as entradas do cinema eram grátis. Além de firmar-se como um ator e personalidade de primeiro escalão, Bruce desenvolveu uma técnica conhecida como Jeet kune do, que em português seria “O caminho do pulso que intercepta”, ou “A mãe de Jeet é uma piranha”, o idioma chinês pode ser muito pernicioso de vez em quando.
De qualquer forma, Bruce morreu em 20 de julho de 1973, após a ingestão de uma dose sobre-humana de sorvete de morango, o que pode ter sido o motivo do AVC (Acidente Vascular Cerebral), a causa oficial da morte de Bruce Lee. Há, porém, outras teorias, que dizem que Bruce morreu vítima de envenenamento por parte de seu discípulo Jeet, que teria ficado ofendido com o nome ambíguo que Bruce havia dado à sua nova técnica marcial.
TRIVIA
O nome de batismo de Bruce Lee é Lee Jun Fan, que quer dizer “Casei-me com um negro lindo”. Em 1965, Bruce foi detido por atentado ao pudor, quando atravessou uma avenida de Los Angeles dando cambalhotas sem as calças, apenas para vencer uma aposta.
Há na Itália um ator de filmes chamado Bruno Lee. O ator sino-italiano promete, em cada novo filme, causar estragos com seu “pênis de uma polegada”. Seu sucesso é absoluto, tendo lançado, até agora, Il Capo Grande (2005), Entri il Drago (2006), e Pugno di fúria (2006) este último, um dos maiores sucessos da corrente pornográfica do Fist-fucking.

Resenha do filme “The Magdalene Sisters” de Peter Mullan

Por Larissa Artoni


Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza de 2002, o filme As irmãs de Maria Madalena é baseado em fatos reais e conta a história de mulheres que viviam nos Lares Madalena, na Irlanda, durante a década de 60. Estes “asilos” eram administrados pelas Irmãs de Misericórdia da Igreja Católica e abrigavam jovens que eram mandadas para lá por suas famílias. Os motivos eram os mais variados, como ser mãe solteira, vítima de estupro, ser bonita demais (o que poderia gerar futuros pecados) ou ter problemas mentais.
Dentro da instituição, as mulheres eram obrigadas a viver confinadas por período indeterminado, e têm que trabalhar lavando roupa 364 dias por ano como forma de lavar também seus pecados. Elas são submetidas a todo o tipo de humilhação, incluindo estupros, surras, má alimentação e terem seus filhos levados à força. Há relatos de sobreviventes que contam que em troca de absorventes higiênicos eram obrigadas a manter relações sexuais com os cardeais ou a fazer sexo oral para não serem espancadas. O filme mostra a vida e o comportamento dessas jovens, tendo que lidar, em plena época de liberação sexual, com uma autoridade religiosa, celibatária e opressora. O mais absurdo é que o último Lar Madalena foi fechado somente em 1996 e por motivos econômicos (com a popularização das máquinas de lavar o trabalho das meninas nessas lavanderias era muito menor) e não por motivos humanitários. Somente após 1996 foram encontradas ossadas de muitas mulheres que ali viveram. Algumas das sobreviventes relataram a vida nesses asilos no documentário Sex in a Cold Climate, documentário este que foi a base do filme.
O diretor do filme procurou não utilizar os relatos mais horrendos, focalizando a visão do filme na lavagem cerebral realizada nas meninas que, muitas vezes, chegavam a passar a vida inteira nesses locais. Com essa lavagem cerebral as meninas que fugiam ou mesmo após libertadas pelo família (único jeito de obter a liberdade) não conseguiam ter uma vida normal, tinham em mente que o sexo era sujo e muitas até voltavam para os asilos pelo desprezo da sociedade uma vez que havia forte propaganda da Igreja de que as meninas das lavanderias eram prostitutas que se redimiam (por isso Madalena)

2ª Edição da Revista

Apresentacão
Chegamos à nossa segunda edição da Revista do CAHIS e com ela novos textos, resenhas e dicas.Nesse mês, tivemos grande colaboração dos calouros, mas veteranos e professores não ficaram para trás. Seguindo a linha de variar sempre os temas, nas próximas páginas você vai encontrar a primeira parte de uma entrevista com o professor Istvan Jancso falando sobre seu tempo de graduação e do departamento naquela época, além disso um balanço sobre a religião no mundo atual e de encontro com o tema, uma resenha sobre o filme The Magdalene Sisters, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza em 2008.Há também uma análise sobre a os bastidores da mídia, uma crônica de escolinha, e ainda uma bem- humorada mini-biografia do ícone das artes-marciais no cinema, Bruce Lee. Confira também as tirinhas de Sacabini & Bernard, além é claro das dicas culturetes do que acontece no Campus e na cidade nesse mês de Abril. Não se esqueça também de acessar o blog do CAHIS (http://cahisdausp.blogspot.com) e conferir a edição de Março na íntegra em formato digital.É isso! Uma boa leitura e até a terceira edição!

Conselho Editorial

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Acontece na História

A sala do CAHIS ainda não está perfeita, mas já está pelo menos habitável. Em breve, problemas como goteiras e infiltrações serão sanados. Dê uma passada lá e confira!
Já estamos nos preparando para o ENEH (Encontro Nacional dos Estudantes de História) que acontece em Belém do Pará na semana que vai do dia 19 à 25 de Julho. O evento consiste em debates, reuniões e muitas festas.Como tirado em reunião, o CAHIS promoverá cervejadas para levantar uma grana para o evento.Os interessados em devem mandar um e-mail para enehusp2009@gmail.com ou falar com o Caio Silvano da bateria.Confira programação do ENEH no blog do CAHIS!
Os interessados em se graduar com direito à formatura e tudo mais podem entrar em contato com a Comissão de Formatura pelo e-mail nathys_@hotmail.com.Quem quiser uma cópia do contrato, pode retirá-lo no Xerox da Márcia ou na Sala do CAHIS, basta procurar um dos diretores durante uma das reuniões da entidade ou das comissões (Terça, Quinta e Sexta às 18h no Espaço Aquário) e pedir.
A Semana de Cinema está rolando e você pode votar no blog o próximo tema!
Quer sugerir, criticar, mandar um texto ou resenha de livro ou filme? Mande um e-mail para cahis.usp.09@gmail.com

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Baçanlo FInanceiro

FEVEREIRO

Saldo anterior................................ = 2535,30
Camisetas........................... - 1153,01
Sinal adesivos.......................... - 20,00
Tinta guache (dia da matrícula)........ - 14,50
Tarifa pacote de serviços.................. - 9,00
Adesivos..................................... - 148,50
Fita VHS (aula trote)................ - 17,90
Doação para calourada do DCE....... - 400,00
Café com bolacha (calourada)......... - 22,95
Gelo cervejada calourada.................... - 15,00
Tarifa extrato...................................... - 1,45
Depósito (camise, adesiv, troco
adesiv - R$20,00, cerveja)............... + 736,00
Tarifa extrato.............................. - 1,45

SALDO CONTA CORRENTE....... = 2.048,36

MARÇO

Saldo Anterior...................... = 2.048,36
Manual do calouro
e revista CAHIS/março 2009.............. - 660,00
Tarifa pacote de serviços....................... - 9,00
Produtos de limpeza..................... - 58,47
Tinta guache....................... - 14,00
Baldes............................... - 30,00
Carimbo CAHIS........................ - 38,80
Quadro e etampas camisetas......... - 420,00

SALDO CONTA CORRENTE.......... = 818,09

domingo, 12 de abril de 2009

Semana de Cinema do CAHIS

Tema: Movimentos Sociais

Programação

3a – 14/04 – A História Oficial (Luis Puenzo, 1985)


Sinopse: Na Buenos Aires dos anos 80, Alicia e seu marido Roberto vivem tranqüilamente com Gaby, sua filha adotiva. Porém, após o reencontro com uma velha amiga recém-chegada do exílio, Alicia começa a tomar conhecimento da cruel realidade do regime militar argentino, passando a questionar todas as suas certezas e o que considerava como verdade. Uma realidade para a qual Alicia não estava preparada, mas que agora terá de enfrentar com todas as suas conseqüências.


Profa. Maria Helena Capelato
Sala de Vídeo, às 18:00

4a – 15/04 – Clipping produzido pelo MST com as matérias da globo cobrindo a
marcha para Brasília em 2003



Prof. Francisco Alambert e Profa. Larissa Bombardi
Anfiteatro da História, às 18:00
OBS: Nesse terão início as inscrições para o trabalho de campo com
o MST a ser realizado domingo, 26/04.
Mais informações serão transmitidas no mesmo dia.

5a – 16/04 – Viva Zapata (Elia Kazan, 1952)


Sinopse: Em 1909, no México, um grupo de lavradores vai até o presidente, afirmando que suas terras foram roubadas, e um deles deixa claro que o governo não pretende fazer nada por eles. Este lavrador acaba se tornando um guerrilheiro, que por vários anos teve importância política na vida do país.
Profa. Maria Lígia Prado
Sala de Vídeo, às 18:00

6a – 17/04 – Peões (Eduardo Coutinho, 2004)
Sinopse: A história pessoal de trabalhadores da indústria metalúrgica do ABC paulista que tomaram parte no movimento grevista de 1979 e 1980, mas permaneceram em relativo anonimato. Eles falam de suas origens, de sua participação no movimento e dos caminhos que suas vidas trilharam desde então. Exibem souvenirs das greves, recordam os sofrimentos e recompensas do trabalho nas fábricas, comentam o efeito da militância política no âmbito familiar, dão sua visão pessoal de Lula e dos rumos do país.
Prof. Maurício Cardoso
Sala de Vídeo, às 18:00


O que é a Semana de Cinema do Cahis?

A Semana de Cinema do Cahis é um projeto que teve início ano passado e visa fomentar o debate acerca de temáticas pertinentes e explorar a linguagem cinematográfica como uma ferramenta importante tanto para o ensino quanto para a pesquisa.
As “Semanas” possuem um eixo temático e após a exibição do filme, um professor ou pós-graduando discute a projeção com os estudantes.
Este ano você vai ajudar a eleger os temas das próximas semanas de cinema: aqui no blog você pode votar na enquete de suguestão dos temas.
Participe também da Comissão de Cultura e de Comunicação, que organizou este evento e que se reúne às quintas-feiras, 18h, no Espaço Aquário.

Contamos com você!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ata Plenária Extraordinária 02-04-09

Informes:

- Sábado haverá o CCA com as pautas: mobilização das estaduais, UNIVESP, discussão sobre espaço.
- Haverá outra assembléia dos estudantes da USP no dia 23/04 no vão da História e Geografia.
- O Espaço Aquário sofrerá uma reforma e o xerox da Márcia ficará 50cm menor no lado dos banheiros.

Pauta:

Problemas do Curso

Encaminhamentos

- Uma comissão informativa será montada para diagnosticar o o problema tendo sua primeira reunião no dia 13 de Abril às 17h30 na frente do CAHIS. Das informações levantadas, será confeccionado um cartaz de denúncia e um abaixo assinado convocanco uma audiência pública com um membro da comissão de ensino e um membro da adminstração da Universidade.
- Fazer como ponto de pauta a UNIVESP na próxima plenária extraordinária

terça-feira, 31 de março de 2009

Ata da Reunião do CAHIS - 31/03/2009

aInformes:
- A data da Assembléia Geral dos Estudantes do Butantã foi alterada para Quarta (Amanhã) às 18h.
- Depois de conversa com todas as partes que atuam no Espaço Aquário (CAHIS, CEGE, Rádio, Atlética), houve uma proposta de uma criação de uma comissão aberta de espaço do espaço aquário com reuniões todas as quartas a partir do dia 15 de Abril.
- Houve uma debate não deliberativo do CAHIS e do CEGE com a diretoria da FFLCH no que tange a antena da rádio, a venda de cerveja e a reforma do banheiro térréo que invade 50cm do xeróx da Márcia.
A diretoria pediu que vendamos cerveja com menos frequência e se propôs a ajudar a comissão aberta do espaço aquário materialmente.
A diretoria informou que não há negociação com relação à rádio uma vez que isso é "ilegal, atrapalha a transmissão aérea e existe um processo desde 2006 que pode colocar em jogo os empregos dos responsáveis pela Faculdade", no entanto chama os membros da rádio para conversa sobre uma possível legalização da rádio. O CAHIS já informou a rádio.
- Inscrições até dia 13/04 para Eleições de RD.


Pautas

ENEH - 19 à 25 de Julho

Informes:

- O Conune será na mesma semana do ENEH

Encaminhamentos:
- Terceira semana de Junho será o pré-ENEH
- A partir da próxima reunião, traremos a programação do ENEH.
- Toda a arrecadação do CAHIS para além das xerox será direcionada para o ENEH. Caso a xerox não dê conta das atividades básicas do CAHIS, atividades específicas serão realizadas em separado do ENEH
- Todas as atividades relacionadas ao ENEH carregarão o nome do evento.
- Uma lista passará para fazer um levantamento dos alunos que podem demonstrar interesse através de e-mail e/ou lista física.
- A gestão do CAHIS se responsabiliza em fazer levantamento de ônibus.


Espaço

- A partir da próxima reunião do CAHIS, um dos pontos de pauta será o espaço, principalmente sobre a questão da Rádio.


Audiência pública do REUNI em Abril


- Será discutido o envio do representante e respectivos gastos financeiros na próxima plenária ordinária.

sábado, 14 de março de 2009

Ditabranda

Nota do CAHIS

"O Centro Acadêmico de História da USP considera um des-serviço à pesquisa histórica a posição adotada pela Folha de São Paulo e pelo Professor Marco Antonio Villa no que se refere à publicação do texto “Ditadura Brasileira”. Ao referendar “academicamente” a postura do jornal de qualificar o regime militar brasileiro (1964-1985) como uma “ditabranda”, o referido professor parece se incorporar, levianamente, a um projeto da grande mídia, também leviano, de tentativa de construção de uma “História Oficial”, sendo assim, também age de maneira unilateral, ignorando e banalizando o debate historiográfico sobre o tema."

O texto de Igor Ribeiro explica um pouco mais da polêmica.

Mas esse vídeo diz tudo:



Abraços!

quarta-feira, 11 de março de 2009

ATA DA REUNIÃO DO CAHIS – 10/03/09

INFORMES:

- Dias das reuniões das comissões do CAHIS: comissão de cultura e comissão de comunicação – todas as quintas-feiras às 18h; comissão de ações e debates e comissão de espaço – todas as sextas-feiras às 18h.*

*Se não estivermos no espaço aquário é só nos procurar em alguma sala de aula.

- Um representante do Grupo Prisma informa que o grupo foi reativado e se desvinculará de entidades estudantis para que possa ampliar sua representatividade*. O CAHIS irá auxiliar na divulgação do grupo.

*André Calazans enviará o informe completo na lista do CAHIS.

- Mayra do CEGE solicita uma reunião conjunta de espaço com o CAHIS.

- Ocorrerá a eleição de RD’s da FFLCH, o estatuto e as datas serão divulgados assim que estiverem disponíveis.

- Houve reunião do DCE no dia 06/03/09 na qual discutiu-se a diminuição de verbas para as universidades públicas que afetam o auxílio moradia, a permanência estudantil, etc.; a UNIVESP; entre outros. (para mais detalhes ver relatoria do DCE na lista de e-mails do mesmo)

- As reuniões ordinárias do DCE ocorrerão toda segunda-feira às 18h na sede provisória.

- Quarta-feira (18/03/09) haverá uma plenária dos estudantes de história, às 18h na sala Caio Prado.

PAUTAS:

1) Xerox para divulgação da festa da rádio na cota do CAHIS.
2) Auxílio para a festa Canegrada
3) Aumento do aluguel das Xerox
4) Xeracoteca
5) Abaixo-assinado pelo CCA geral da USP no dia 14/03/09
6) Adesão do CAHIS na jornada de lutas da UNE

RESOLUÇÕES:

1) O CAHIS disponibilizará 60 cópias na cota da Xerox para a divulgação da festa da rádio.
2) O CAHIS disponibilizará 120 cópias na cota da Xerox e emprestará a caixa d’água para a realização da Canegrada.
3) O aumento do aluguel da Xerox será discutido na reunião conjunta com o CEGE sobre espaço.
4) O projeto da xeracoteca entrará na pauta da comissão de ações e debates que ocorrerá na próxima sexta-feira (13/03)
5) O CAHIS se incorpora no CCA geral da USP do dia 14/03.*

*Houve votação cujo resultado foi: 13 votos à favor, 2 votos contra.

6) A integração do CAHIS na jornada de lutas da UNE será discutido na reunião da comissão de ações e debates, e levado à aprovação dos estudantes na próxima plenária.

terça-feira, 10 de março de 2009

Quadrinhos: Scabini & Bernard





Scabini & Bernard desenham tiras relacionadas ao tema de História e toparam ter suas tiras publicadas na Revista e no blog do CAHIS.
Leia mais em Quadrinhos de História

Entrevista: "O capital não sobrevive ao seu próprio sucesso"

Confira na íntegra a entrevista* concedida pelo professor Francisco Alamabert a Régis Bonvicino.

Francisco Alambert, um dos mais importantes intelectuais brasileiros vivos, é professor titular de História da Universidade de São Paulo e Conselheiro do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo. Entre seus livros, destacam-se A Semana de 22/A Aventura Modernista no Brasil, Dom Pedro I/O Imperador Cordial e Bienais de São Paulo, Memórias. Opera na confluência entre história e arte, o que confere um sentido singular ao seu trabalho, enriqecendo as duas áreas. Nessa entrevista, discorre sobre a depressão econômica e suas consequências, defende Cuba, como um país de carências e não de miséria, reflete sobre Hugo Chávez, e sobre a morte do senso crítico na crítica – de um modo geral – na mídia e na arte. É contundente ao afirmar que “não há maneira de o capitalismo sobreviver ao seu próprio sucesso”. E conclui que “o mercado precisa de Viagra”.

Régis Bonvicino: A globalização econômica começou com Richard Nixon, nos anos 1970, por meio da desregulamentação do sistema de vigilância dos bancos (de varejo e de investimentos) e da ascensão das bolsas de valores, como forma de captação de recursos para as empresas e como forma de enriquecimento de acionistas minoritários e majoritários. O cidadão tornou-se consumidor e investidor. A maioria da população ficou desfalcada de seus direitos. Nos anos 1990, o processo intensificou-se com a difusão em massa das novas tecnologias, entre elas, a internet, e a produção dos bens se desnacionalizou. Surgiu a China, com remuneração de US$1 ao dia para os trabalhadores. As corporações produzem seus produtos em vários países do mundo, para “enxugar” custos e aumentar lucros – eliminando direitos do trabalho. Você acredita que – diante de um quadro generalizado como esse – é possível regulamentar o sistema financeiro e igualmente o de produção industrial? Qual seria o novo modelo?

Francisco Alambert: Em uma notinha de pé de página de seu livro genial e incrivelmente atual, O colapso da modernização, Robert Kurz resumiu essa situação, que você sintetiza tão bem, nos termos da economia política marxiana: “Quando um especulador, com os ganhos obtidos pela especulação que para ele são absolutamente reais, sendo porém fictícios do ponto de vista da reprodução social do capital, dá-se ao luxo de comprar um Mercedes-Benz, a produção aparentemente muito real deste automóvel não possui, na verdade, nenhum fundamento de capacidade aquisitiva produtiva”.
Em escala maior, internacional, dá-se o mesmo, e por isso não se pode já há muito separar o setor especulativo da suposta acumulação real, como diz Kurz. Ainda na década de 1980, a Siemens foi ironicamente apelidada de “banco com um departamento elétrico conectado”. Quando a General Motors e suas afiliadas entram em crise, isso não é por “acaso”, mas porque todos os balanços da indústria automobilística foram “retocados” pelos seus respectivos bancos. Os desequilíbrios dos tais balaços derivam da participação dessas indústrias na economia das bolhas financeiras e do capitalismo-cassino.

Ou seja, não dá para “regulamentar” nada. Como parece que também não dá para voltar para o antigo fordismo, para o Estado de Bem Estar Social, e o desenvolvimentismo é um negócio que tem hora para acabar, não há maneira do capitalismo sobreviver ao seu próprio sucesso. Gostaria de gritar “socialismo ou barbárie”, mas o pudor me impede.



Trabalhadores chineses cativos numa olaria

O rosto sem vergonha da ideologia

O fato mais notável hoje em dia é que a ideologia mostra seu rosto sem vergonha e que os espaços entre as “crises” são cada vez menores. Recentemente, discuti com meus alunos o primeiro documentário em longa-metragem de Michael Moore, Roger e eu, de 1989. É genial. Ele mostra como a decisão de fechar as fábricas da General Motors na cidade industrial de Flint para reabri-las no México, onde os trabalhadores ganhariam centavos por hora (é isso a globalização, não?), transformou a cidade, outrora progressista, em um território de barbárie social e de delírio coletivo, buscando maneiras amalucadas para tentar sair do desastre. Os capitalistas justificavam o “sacrifício” afirmando que tudo isso era necessário para a “saúde” da empresa, que o futuro prometia dias melhores, pois agir daquela maneira era parte da natureza do capital e que tudo se acertaria porque ele voltaria mais forte no futuro (usando as metáforas grotescas que os economistas gostam, era aquela coisa de dizer que o “remédio é amargo”, mas é assim que se trata de uma doença etc.). Hoje, vinte anos depois, a General Motors está falida, e com a cara de pau que o diabo lhes deu, industriais, investidores, economistas e jornalistas pós-modernos estão clamando pelo dinheiro do Estado para lhes salvar do fiasco que eles criaram. Portanto, toda aquela destruição não teve sentido algum. Era apenas uma mentira de pernas curtas, que pode inverter os sinais sem vergonha nenhuma (antes: “o Estado não pode interferir”; agora: o Estado tem que interferir). Em sentido rigoroso, era mera “ideologia”. Só não vê quem não quer.



Sede da GM

O mercado precisa de Viagra

RB: A intervenção recente dos governos nacionais para salvar os bancos europeus significa o fim da “utopia de mercado”, acirrada por Margareth Thatcher e Ronald Reagan? O que foi feito agora, pelos mesmos governos, para ajudar os cidadãos? Há perspectiva de reformas tributárias para aumentar a liquidez (salário) do trabalhador ou insistir-se-á na fórmula da globalização “salário congelado/crédito fácil”?

FA: Infelizmente, não creio que seja o fim dessa “utopia” distópica e despótica. Ela vai hibernar um pouquinho. Aliás, já estava hibernando desde antes da crise. Mesmo os governos de direita, majoritários na Europa até em países onde isso parecia inimaginável (como Dinamarca, Holanda etc.), já haviam recuado em relação às privatizações, às desregulamentações do mercado acionário ou dos diretos trabalhistas. Todos neoliberais, mas bem menos xiitas do que eram há cerca de uma década. É claro, a eleição na América Latina de grupos de “esquerda” também é parte disso. A crise, ou seja, o estouro dos golpes que o mercado inventou amparado pelos Estados neoliberais, é a pá de cal. Agora, o que tem que acontecer é se fingir de morto e chorar para que o Estado “nos salve” da tragédia. E, claro, é necessário convencer todo mundo que a crise é “parte do jogo”, que a gente sai mais forte do que entrou, que ninguém tem culpa, a vida é assim mesmo, uns dias pra cima, outros pra baixo, que o mercado é um bichinho temperamental, que só precisa de calmante ou de Viagra para voltar forte e vistoso como dantes. Ou seja, é preciso que se crie, que se invente explicações psicologizantes para convencer as pessoas da “necessidade” de se abrir mão do dinheiro público para salvar banqueiros e empresários, incompetentes (pois deixaram a crise explodir), malucos (porque arriscaram demais) ou meramente corruptos (porque sabem que podem contar com o Estado nacional para que financie e banque os gastos de sua pilhagem).

Nada é feito para o “cidadão”, como você diz, mas apenas para o consumidor. Não se ajudam pessoas, mas agentes monetários. Um exemplo: calcula-se (estou me baseando em uma matéria do Estadão, e não de um jornal de “esquerda”) que já tenham sido jogados no mercado, pelas dezenas de países com seus planos para salvar o sistema, cerca de 7 trilhões de dólares (alguns falam em quase 10 trilhões). Pois a onu lançou uma nota lembrando que há anos pede menos de 1% disso para simplesmente tirar mais de 30 milhões de pessoas da fome na África.

A hipocrisia e o cinismo estão no poder, e isso não é de hoje (uma vez que não haja mais a fantasmagoria do “comunismo”, nem sequer “socialismo” seja um termo que tenha algum glamour, não há o que temer e tudo é permitido). Eles só poderiam sair do poder se houvesse forças sociais suficientes para impor uma alternativa (como outrora foi o socialismo). Forças que pressionassem, boicotassem, chocassem o sistema. Como isso não parece existir, como “tá tudo dominado” e o conformismo e o cinismo são o sal da nossa terra, o terrorismo econômico tende a voltar. Isso, é claro, se a crise não for muito profunda, não for um tsunami sistêmico. Porque aí seria o caos, e o que sucede ao caos, ninguém pode saber. No passado, o caos sistêmico gerou a Segunda Guerra Mundial…

RB: Penso que as leis europeias que condicionam ou proíbem a imigração visam mais a arrochar salários de velhos e novos imigrantes do que a impedir a entrada de mão-de-obra. Você concorda com essa afirmação?

FA: Concordo. Em primeiro lugar, a globalização neoliberal começou justamente arrochando os trabalhadores ingleses e norte-americanos (como mostra o filme de Michael Moore) e semiescravizando os trabalhadores outrora inúteis da periferia do sistema. A grande ação bélica de Thatcher-Reagan foi “quebrar” o poder dos sindicatos. Desde então, é decisivo que o capitalismo mais “produtivo” seja exatamente aquele menos “produtivo” ou que precise de cada vez menos trabalho dentro de suas fronteiras nacionais ou de sua área de atuação legal. A sede da especulação, da direção, o marketing etc. podem ficar nos Estados Unidos, mas o trabalhador (hiperexplorado) fica na China ou na Tailândia, ou onde mais escravos produtivos houver (e desde que o Estado Nacional dê uma “força”, com isenção de impostos, corrupção, vista grossa para escravidão etc., essas coisas do gerenciamento moderno). Assim o saldo é o seguinte: o trabalhador do “novo mundo” ganha uma miséria e não pode ir para o “primeiro mundo” porque os mercados só estão de fato abertos para o capital especulativo (e se ele fosse, aumentaria o preço do trabalhador lá na miséria e diminuiria ainda mais o do trabalhador dos países ricos).

Os que estão fora desse esquema, ou aqueles que forçam a barra e emigram, se tornam aquilo que o filósofo italiano Giorgio Aganbem chamou de “homo sacer”, ou seja, pessoas sacrificáveis, “matáveis”, com as quais qualquer coisa pode acontecer, tudo é permitido e nada configura crime algum. Para os excluídos, o campo de concentração: favelas, as cidades africanas, as cidades da fronteira dos Estados Unidos com o México, as pessoas da faixa de Gaza, qualquer um em qualquer aeroporto do mundo… Logo que o Muro do comunismo caiu, o capitalismo passou a levantar seus muros… literalmente!

O progresso não tem mais futuro

RB: Não há dúvida de que a questão ecológica é a prioridade. Os governos brasileiros descuidam dela e o desmatamento da Amazônia e de outras florestas, como a Mata Atlântica, são eventos gravíssimos. Espanha e Portugal são os maiores poluidores da Europa ocidental. A China é a maior poluidora do mundo ao lado dos Estados Unidos. Bill Clinton afirmou recentemente que só a transformação das florestas em ativos financeiros, que deem lucro de algum modo, vai solucionar essa questão. Você concorda com ele? Quais seriam as outras alternativas?

FA: Literalmente, é como culpar as árvores pelo incêndio na floresta… É o capitalismo transnacional, são os “ativos financeiros”, entregues à sanha da banca, que promovem a destruição selvagem. Como poderia ser uma solução entregar o galinheiro aos lobos? O fato é que o “progresso” não tem mais futuro. Seu impulso teria que ser invertido e redimensionado pelas forças sociais militantes e conscientes, se é que isso ainda é possível. Eu não sei a receita e acho que ninguém sabe. Só o movimento coletivo pode imaginar um outro mundo. Mas veja os exemplos que você cita: Portugal e Espanha são as meninas dos olhos do desenvolvimento retardatário na Europa (lugar de trabalhadores baratos, lugar dos “serviços”, do turismo etc.); e a China é a pátria do modo de produção de mercadorias para o mundo que pode comprar. São países que, do “alto” de seu atraso econômico, se adiantam na corrida rumo ao abismo (financeiro, ecológico etc.), que é o lugar para onde o capitalismo contemporâneo parece nos guiar.

A “globalização benéfica”

RB: Como você vê a equipe de Barack Obama? Acredita nele? Como percebe a crise ou depressão dos Estados Unidos?

FA: Estamos falando sob o impacto da primeira grande denúncia que serve de aperitivo para o que virá. Me refiro ao caso do governador de Illinois, que estaria leiloando a vaga de Obama no Senado. Há uma luta política lá, como aqui (o governo Lula é sempre denunciado por aqueles com os quais ele está de acordo economicamente, mas que representam outros interesses da pequena política local). Acho o que todo mundo acha, com toda a ingenuidade e crendice que todos temos. É uma maravilha um negro chegar à presidência (pouco mais de quarenta anos depois do fim do aparthaid deles), ele é um orador extraordinário etc. O discurso daquele pastor negro no dia da posse foi uma das coisas mais emocionantes que ouvi nos últimos tempos (com todas as metáforas e aliterações voltadas aos anos 1960).

Mas o ministério clintoniano revela o desejo de se voltar à fase ilusória da “globalização benéfica”. Um casamento perfeito para o momento: Obama tem a “moral” para promover a avalanche de dinheiro público para pagar as contas dos capitalistas especuladores. Assim, o Estado vem para salvar aqueles que o dilapidavam enquanto juravam que dessa forma iriam salvar o mundo e nos lançar ao espetáculo da riqueza e do crescimento contínuo. Pronto o esquema, todos salvos, a bandidagem pode recomeçar sem perda nenhuma. Um cenário pessimista e bem possível, não? Assim, Obama seria a pessoa certa, no lugar certo e com uma tremenda legitimidade para salvar o sistema (quero dizer: dar-lhe sobrevida).


Malcom X e Cassius Clay, guerreiros da afirmação negra

RB: Como você vê a América Latina em termos de comércio e o Brasil em particular? Pensa que Hugo Chávez é realmente ameaça? Neste sentido, acha que Cuba tem saída, haja vista sua pobreza extrema e a longevidade dos Castro?

FA: Quanto a Cuba, ela de fato não tem saída. Não sou o maior entusiasta do mundo em relação ao castrismo, mas creio que Cuba apresentou formas de organização que podiam servir de modelo para o tempo em que a América Latina podia ter uma saída para encontrar a si mesma fora da prisão do capitalismo selvagem. Não vejo pobreza extrema em Cuba, mas sim carências extremas. Pobreza extrema há no Brasil, na Nigéria e até mesmo nos Estados Unidos (já reparou que os dados sobre a terrível distribuição de renda dos Estados Unidos, os milhões que vivem na miséria e sem amparo social algum, como saúde e educação, são no máximo notinhas que aparecem em jornais e ninguém se lembra de analisar?). E, claro, também na Venezuela! Hugo Chávez é fruto de uma sociedade grotesca, que tem uma pequena elite ligada ao petróleo muito rica (golpista e corrupta) e uma massa de milhões de pobres e desocupados. Um país praticamente sem indústrias nacionais, sem empregos, sem classe média. Os ridículos de Chávez já são suficientemente salientados pelos críticos blasés e alienados. O que há de mais interessante lá é uma organização popular, que troca ideias, bens e pensa alternativas. Foram essas associações que evitaram o golpe contra Chávez e que lhe garantem as sucessivas vitórias eleitorais. Gostem ou não, os programas sociais de Chávez são inovadores, e ele ainda pode exportar gás e petróleo subsidiado para aquecer os lares das famílias pobres… dos Estados Unidos!
O sucesso de Machado de Assis

RB: Somos 250 milhões de falantes nativos do português – número superior ao de falantes do italiano, do francês, do japonês. Por que a língua não se internacionaliza?
FA: Bom, quase 200 milhões estão no Brasil, não é? A internacionalização da língua portuguesa depende da capacidade do Brasil se destacar como interesse pelo resto do mundo. Acho curioso que a língua portuguesa seja tão maltratada em Portugal. Eles me parecem estar cada vez mais “engolindo” sílabas, enrolando a pronúncia. Acho que agora que eles estão na Europa, estão querendo falar outra língua. E os países lusófonos africanos estão entre os mais miseráveis ou os mais explorados (veja a situação de Angola, que andou tendo crescimento de mais de 20% ao ano, por causa do petróleo, e que vive um aparthaid social escabroso). Acho que eles vão acabar falando o inglês que as ong’s ensinam. Serão miseráveis e globais. Dito isto, acho também interessante o fato de cada vez mais conhecer estudantes, especialmente dos Estados Unidos, que querem discutir a cultura brasileira, a língua, o sucesso repentino de Machado de Assis por aí etc. Há algo do Brasil que intriga o mundo. O que é triste é que o termo-chave para se definir o estado socioeconômico do mundo que estamos discutindo seja justamente (e por bons motivos) “brasilianização”.

Caetano: sumo sacerdote da “indústria”

RB: Há um esvaziamento da crítica em termos de análise nos jornais impressos e nos portais (tv nunca foi crítica no Brasil). Há também perda de sentido crítico na universidade. Como você vê essa questão, se concorda com ela? A que atribui esse esvaziamento da crítica? Estaria relacionado com à desregulamentação dos mercados e a “utopia do laissez-faire”, após o fim da União Soviética?

FA: Sua pergunta e a minha resposta serão facilmente acusadas de marxismo vulgar (eu, de minha parte, me sinto muito confortável com a acusação). O fim da crítica é a vitória da Indústria Cultural, que vive uma nova fase ainda mais selvagem. Você escreveu recentemente que um dos fenômenos mais interessantes do nosso tempo é o fato de a Indústria Cultural ter piorado muito. É verdade. Hoje, ler o que Adorno escreveu sobre o jazz, nos anos 1950 e 1960, é hilariante e chocante ao mesmo tempo. Tenho várias reservas quanto à crítica adorniana ao jazz, mas é certo que mesmo que ele estivesse falando da música mais ligeira e imbecil (e talvez não de Thelonious Monk ou Charlie Parker), a decadência da cultura de massa é assustadora. O abismo que separa o jazz dos anos 1950 do mundo de Madona (que você e eu detestamos) é surpreendente. No filme de Michael Moore, quanto mais os habitantes de Flint se desesperavam, mais se entregavam à uma rotina “cultural” debiloide e histérica.


Thelonious Monk
Acho que a Indústria Cultural Selvagem antecipou e condicionou a era do Capitalismo Selvagem. Como percebeu Fredric Jameson, no mundo “pós-moderno” cultura é economia, e vice-versa. E nessa nova etapa, a crítica, a não ser que seja raivosamente conservadora, é impertinente e indesejável. O negócio é jornalista “cobrindo” a “matéria”, indicando com quem o “consumidor” deve fazer seu pacto de fanatismo, o curador organizando e mediando o interesse do patrocinador com o público “consumidor de arte” etc. A crítica era o diálogo, parcial, apaixonado, político (Baudelaire) e contra o ecletismo (Mário Pedrosa), da cultura com a ciência, com a técnica e com a filosofia, buscando desentranhar os caminhos de um novo mundo. Quando não há outro mundo possível ou desejado, não se precisa mais de críticos, só de comentaristas do sistema.No caso específico do Brasil há ainda uma outra questão que não dá para desenvolver aqui. Penso na vitória do que chamo de “razão tropicalista”, da qual Caetano é o sumo sacerdote, baseada na indistinção, na despolitização, na eterna glorificação de tudo o que a Indústria impõe como norma. Um oba-oba sempre despolitizado, sempre up to date e sempre ao lado do vencedor.E quanto à crítica universitária, ela passou as últimas décadas tentando “desconstruir” as “grandes narrativas” (traduzindo: a psicanálise e a economia política marxista), refestelando-se em Derridas e Deleuzes. Não havia meio, ou bolsas de estudo, que a fizesse olhar para a realidade, que, aliás, não existia. Agora, quando o muro da economia pós-moderna desaba, eles só têm uma coisa a fazer: continuar a delirar. Recentemente li um ensaio de um “filósofo” espanhol no El Pais, deliciosamente hilário, no qual o sujeito jurava que a crise das bolsas era a prova de que tudo era misterioso, que nada podia ser previsto, que o mundo é por demais “complexo” para ser “narrado” etc. etc…


Caetano Veloso


Só me interessa aquilo que nega


RB: Como você analisa o regime chinês com trabalho de baixíssimo custo, repressão, devastação ecológica. Esse é o fim do comunismo?
FA: Vou me servir do Robert Kurz mais uma vez. O comunismo soviético ou chinês não é outra coisa senão um processo acelerado de criação de desenvolvimento capitalista em circunstância de atraso. O sovietismo percorreu em velocidade atômica o caminho que o capitalismo europeu e norte-americano percorreu a passo de tartaruga: do superdesenvolvimento ao colapso. O caminho da China deve ser esse também.RB: Houve uma queda vertiginosa da qualidade da arte, que se tornou mais oficial e mais leve. A que você atribui isso – se concorda?FA: Ah, agora entramos no assunto de que eu gosto! Sou um historiador da arte e da cultura! Mas é o de que menos falarei agora. A arte e a cultura livres e criativas dependem da existência do horizonte utópico da transformação do mundo e da cultura. Por isso, todos nós (e até você, como poeta) estamos obrigados a entender o mundo que perdemos todos os dias. Somos obrigados a pensar, estudar, falar, de economia, política externa, luta de classes (sim!), história, enfim. Mesmo no que isso tem de insuportável. Para entender os caminhos e descaminhos da criação nas condições contemporâneas, todos temos que ser críticos e cientistas sociais, mas temos sobretudo que pensar pelo negativo. Só me interesso por aquilo que nega; ou por aquilo que nega insistindo na permanência, como certas tendências da arte de vanguarda ou do pensamento marxista. A distopia, desde fins dos anos 1970 pelo menos, emparedou a arte, lutando para que ela não tivesse aquela propriedade que Mário Pedrosa definiu tão bem: um exercício experimental da liberdade.Mas a dissolução, o desmanche, agora do mundo vitorioso (o do capitalismo liberal e de sua sociedade de consumo, de massa e de espetáculo) tem aberto novas portas. A tal “desmaterialização da arte” talvez encontre agora um sentido novo e mais produtivo. Em outros campos, a crise, por exemplo, viabiliza os grupos de teatro independente aqui de São Paulo, as brigadas de cultura do mst, a produção de artistas do “Mercado” que podem se sentir progressivamente mais livres para experimentar e criar contra o mundo que os abandona (e que antes os tratava como commodities lucrativas ou como animadores de festas). Da adversidade vivemos, dizia Oiticica. Estava certo ele. A história não acabou.

--- Francisco Alambert é professor de História Contemporânea do Departamento de História da USP e concedeu que trechos de sua entrevista fossem usados na Revista do CAHIS.


* Esta entrevista foi originalmente publicada no Site da SIBILA e no IG.