16 de Setembro de 2009
O Centro Acadêmico de História da USP considera o Espaço Aquário única e exclusivamente submetido à gestão dos estudantes. Sendo assim, entende que eventuais desconfortos causados por ações de qualquer uma de suas partes perante as demais devem ser discutidos e solucionados internamente, de acordo com preceitos e dispositivos que assegurem o estatuto de autonomia estudantil.
Dessa forma, vem aqui expressar profundo desacordo com a gestão do CEGE “Espaço ao Avesso” e direcionar a esta veemente crítica. A referida gestão, ao que parece, no auge de suas “sensações”, soltou nesta segunda-feira, 15 de Setembro, uma nota de repúdio aos organizadores da festa “Osama Bin Reggae”, ocorrida na última sexta-feira, 12 de Setembro, na qual consta o apoio à ingerência dura e contundente das chefias do prédio sobre as conseqüências do referido acontecimento. Cabe destacar, neste ponto, a semelhança entre o conteúdo da nota divulgada pela atual gestão do CEGE e os argumentos utilizados ao longo da greve estudantil para justificar a presença da PM no Campus e outras formas de intervenção e punição a estudantes. Com a leitura desta nota em questão na Comissão de Espaço e Qualidade de Vida, fica sinalizado não só o apoio a intervenções por parte de instâncias “superiores” como um pedido/apelo público no mesmo sentido, o que abre um precedente, no mínimo, lastimável. Curiosamente, a nota da atual gestão do CEGE pareceu mais preocupada do que os próprios chefes dos departamentos de História e Geografia em punir os responsáveis pela festa.
A despeito de possíveis falhas de comunicação e divulgação, era de amplo conhecimento que a Rádio Várzea fazia parte do corpo organizador do evento. Em nome da boa relação com a mesma, fica registrada a confiança de que as devidas responsabilidades quanto ao Espaço Aquário (a serem avaliadas e definidas pelo conjunto dos estudantes) serão acatadas e assumidas, assim como é de consciência do CAHIS que já foram assumidas as responsabilidades relativas aos danos causados no espaço externo. É absolutamente desnecessário, portanto, que pensemos em investigações e averiguações minuciosas dos fatos.
O CAHIS reconhece que o ocorrido de sexta-feira pode vir a gerar acalorados debates, mas reitera que esses devem estar circunscritos pela esfera estudantil. Medidas unilaterais que extravasem tal esfera são e devem ser invariavelmente desaprovadas.
Sem mais,
CAHIS - USP
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
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